tag:blogger.com,1999:blog-45725506232958655522024-02-07T18:05:18.540-08:00OPINIÃOCynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.comBlogger111125tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-34524295359230616592021-02-17T04:13:00.004-08:002021-02-17T04:15:16.885-08:00AQUILO QUE AINDA NEM TEM NOME<div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik__QXu34gv0_CSzUc5sW33VXRf1FgGmkHAsmo-QCtJXl4J5qY0WF_25AGGYD1J4SBz8KTbI7jijMSzoMRTXLWV82LKb4FdySYsvq5_IuRK7WDP3fMIAkUMr8873E6E5Clx11XApt6XK23/s1280/como-a-china-apagou-da-mem-ria-o-massacre-da-praca-da-paz-celestial-que-completa-30-anos-1135668752828293120.webp" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik__QXu34gv0_CSzUc5sW33VXRf1FgGmkHAsmo-QCtJXl4J5qY0WF_25AGGYD1J4SBz8KTbI7jijMSzoMRTXLWV82LKb4FdySYsvq5_IuRK7WDP3fMIAkUMr8873E6E5Clx11XApt6XK23/s320/como-a-china-apagou-da-mem-ria-o-massacre-da-praca-da-paz-celestial-que-completa-30-anos-1135668752828293120.webp" width="320" /></a></div><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Hoje eu fui lembrada desta imagem magnífica e aterrorizante, de 1989.</div></span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;">Mais de 40 anos se passaram e hoje, da China, temos o Covid-19. </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;">Provavelmente esse menino, esse estudante, deve estar morto, ele e o operador do tanque que se recusou a passar por cima do rapaz! </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;">Uma história de luta por liberdade que emocionou tanto a todos nós. Todos esses regimes ditatoriais têm memória curta e seletiva, debaixo da bota de seus generais, estão a liberdade de reflexão e de escolhas. </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;">Triste mundo este em que vivemos que necessita de monstros de direita ou de esquerda, que no fundo são apenas isso: monstros... cujo único objetivo são seus prazeres imediatos e violentos, nada mais. </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;">Esse jovem pelo contrário é o humano, a imagem de Deus em nós, é a escolha e a liberdade, é o nosso próximo. Por isso nos identificamos imediatamente com ele. </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;">Por isso nós o amamos imediatamente. Porque ele reflete o que há de melhor em cada um de nós. Choramos por ele, torcemos por ele e morremos com ele. </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;">E com ele estamos diante daquele tanque, junto àquele que dirige o tanque que humano, não mata o rapaz, mas se identifica com ele. Vê nele o seu próximo. </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;">Quem, que como eu viu essa cena, não se sentiu mais humano e vivo nesse momento? </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Clarice Linspector disse uma vez: Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome. </div></span></div><div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: large;">Ela não viveu para ver essa cena, mas se ela a tivesse visto eu, pretensiosamente, acho que ela diria: é isso!</span></div>Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-44424725239556991402020-10-30T10:54:00.004-07:002020-10-30T11:09:40.071-07:00 A DIFERENÇA<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">Nada como ser bem tratada, né? </span></span></p><div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">Ignorante nesses processos eletrônicos tive um problema com meu celular: claro, mexi em algo que não devia e ele simplesmente colapsou. Hoje, peguei uma carona com uma amiga (obrigada <span style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><a class="oajrlxb2 g5ia77u1 qu0x051f esr5mh6w e9989ue4 r7d6kgcz rq0escxv nhd2j8a9 nc684nl6 p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of lzcic4wl q66pz984 gpro0wi8 b1v8xokw" href="https://www.facebook.com/taniaregina.soares.568?__cft__[0]=AZXVACpvlJ6qTK_mtyyZCa-PzOgUWCRJ27o-3bqpdX0Gpe1HYxAmSmVRc14407Sog7FvDyJJpaEeA4PWJiPm1eOHEJ_CfF1TtmbUn9Q0OlCutg&__tn__=-]K-R" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; animation-name: none !important; background-color: transparent; border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline; font-family: inherit; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: inherit; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation; transition-property: none !important;" tabindex="0"><div class="nc684nl6" style="animation-name: none !important; display: inline; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Tania Regina Soares</div></a></span>!) e lá fui eu pro Botafogo Praia Shopping tentar resolver. </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">Chegando lá fui certeira na loja da Samsung. Mostrei meu celular para uma mocinha, pra ver se ela me ajudava, qual o quê! Nem olhou na minha cara, saiu logo dizendo que aquilo era um problema para a especializada. Pedi o endereço e agradeci. Pensei, ai Senhor lá vou eu pra Visconde de Inhaúma! Foi quando vi a loja da Claro onde comprei o aparelho. Tenho que pegar a nota fiscal, lembrei. Entrei na loja e o rapaz estava na mesa sozinho... </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">Perguntei se precisava pegar uma senha, ele com um sorriso disse que não e pediu que eu sentasse. Foi aí que discorri sobre o rosário dos acontecimentos que me tinham levado até ali, mostrei o celular e pedi a nota fiscal. </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">Foi então que com o mesmo sorrisão no rosto o rapaz virou pra mim e disse: precisa não senhora, seu celular já está ok!</span></div><div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">Eu um tanto incrédula, peguei o celular e vi todos os meus APPs surgirem na telinha do meu celular lindo e fofo... normalzinho, como se ele não tivesse passado por qualquer revés ou alteração. </span></div><div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">Aí eu disse a ele, se eu não tivesse de máscara te dava um beijo agora! kkkkkkkkkkkkkkk</span></div><div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">A gente riu à beça! Isso é a diferença de atendimento, do Rodrigo, eu sei o nome e o sorriso, daquela moça eu não sei nada. Não levo nada dela comigo. Mas gostei de conhecer o Rodrigo, porque ele fez a diferença, mesmo que ele só tivesse sorrido pra mim e sido gentil, ele já teria feito a diferença, mas ele foi além. Valeu Rodrigo!</span></div>Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-73771262606440095942020-10-19T13:02:00.006-07:002020-10-19T13:08:08.551-07:002020 - MEU ANO SABÁTICO<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"> Ano estranho este de 2020... </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Ao mesmo tempo esses fatos esquisitos vem se processando desde 2015 e, outros dirão, desde 2013, porque temem as mobilizações de massa e não compreendem as suas reivindicações. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">A esquerda se assusta com as mobilizações e acusa as massas de estarem sendo teleguiadas pela patronal. Esvazia a luta espontânea e original e não permite que novas lideranças surjam dessas mobilizações ou tentam cooptá-las usando o mesmo método da burguesia. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Bem de qualquer forma não é minha intenção fazer um balanço, mas sim, simplesmente contar uma história sobre este ano de 2020. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Este ano coroado por uma pandemia e pelo escárnio das autoridades constituídas, para mim, foi como tirar um ano sabático!</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">A parte de toda a problemática emocional desses tempos conturbados, eu parei os meus 27 anos de terapia e, me dediquei ao meu processo de "individuação em Deus". </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Neste meu ano sabático eu me dediquei a crescer na Palavra e a crescer enquanto pessoa em Cristo Jesus e esta foi a melhor coisa, a minha melhor decisão. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Por maior que sejam as contradições, o ano de 2020, com todas as pressões emocionais, só me fez crescer: emocional e espiritualmente. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Então, nesse momento eu nunca me cuidei tanto quanto agora e jamais tive um ano tão produtivo. Graças ao meu Deus e Pai, Aba Pai!</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p>Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-73579410844603515672019-12-20T08:40:00.004-08:002020-10-19T13:15:58.732-07:00JARDIM DO ÉDEM<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBC7VzqVrj0GIKFWkYvu7NI21AOpdHxZXK2TQH-R_jarWnb8S1AlMAQ4K5ZPpBMdHxPmCeuuNmiTflkwUYJAFJm4BxNvqQk8JXF2EHsBJGgtg2apS25iWMhyKiO_Xu8xQPBd9be4IGUKP-/s1600/1_patrizia_d_angello_while_my_eyes_go_looking_for_flying_saucers_in_the_sky_aquarela_sobre_papel_2019_124cmx140cm-505886.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="418" data-original-width="627" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7GJRb9yHp6Zbt8sSXH1-CP-KfgVw7ei2vbPsIurZ6qh-Im4pSyKMElb3SlUVCTPhWfBjunhvCIpFCldaW7YyjoQTsUhhz2ybHexuirknAfsdZ-X9zfDaOxG4sX0B5iGl-KoVnesCPrjCC/s640/1_patrizia_d_angello_while_my_eyes_go_looking_for_flying_saucers_in_the_sky_aquarela_sobre_papel_2019_124cmx140cm-505886.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: medium;">Fiquei assim parada na frente da tela enorme e florida que parecia me engolir pra uma realidade paralela, só depois de alguns minutos fui olhar o título e ops! Olhem só o nome da obra: While my eyes go looking for flying saucers in the sky...</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: medium;">E,
eu não acreditei. Imediatamente, o som suave de London, London invadiu a minha
cabeça e se ocupou dela: Oh Sunday, Monday, Autumn pass by me / And people
hurry on so peacefully / A group approaches a policeman / He seems so pleased
to please them / But my eyes go looking for flying saucers in the sky / Yes, my
eyes go looking for flying saucers in the sky / While my eyes go looking for
flying saucers in the sky / Oh, my eyes go looking for flying saucers in the
sky.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: medium;">Foi
como voltar no tempo, dos tempos em que eu despontava pra vida. Um tempo em que
eu podia olhar pro céu e me perguntar se veria objetos voadores não
identificados. Tempo em que as preocupações, com a dura realidade, ainda
pertenciam a minha mãe desesperada que trabalhava como uma louca, para que eu
frequentasse o melhor colégio – e eu nem ligava. Se ela soubesse que naquela
época eu só queria desaparecer, sumir dali. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: medium;">Nossa,
pra onde aquele quadro tinha me levado afinal? Para uma Londres que eu nunca
conheci, para um exílio que eu vivi no meu país? Para um tempo de medo e
resistência, para um tempo de amor infantil e pueril, para a minha época mais
estranha e solitária? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: medium;">Mas
sabe, não era para ser tão triste. Entretanto, foi e hoje é muito melhor. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: medium;">Hoje
eu estou aqui e meus olhos não procuram por ninguém que me livre da realidade e
já não sou melancólica. Hoje eu vivo certeira, na certeza de eu sou linda
nesses meus muitos anos de construção, nesses tantos anos de estrada, nessa
minha aguerrida vontade de não desistir de mim. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: medium;">Foi
bom parar por uns minutos e perceber o momento por trás daquele tempo congelado
ali, diante daquela tela florida e tal. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: medium;">Foi
bom ver borbulhar tanta inquietação que me fez escrever, porque de alguma forma
o que eu escrevo me direciona para um propósito e, eu sei para onde devo
crescer. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 10pt;">-
A tela em questão é de Patrizia D’Angello, com a Exposição Jardim do Édem na
Galeria do Lago no Museu da República – Rua do Catete, 183 e que me suscitou
inúmeras sensações e reflexões, juntamente com o título que ela deu a obra,
como se pode observar. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-40458279942867089922019-12-12T09:24:00.004-08:002020-12-12T13:45:36.891-08:00Esperança<div style="text-align: center;">
"Quero ver você não chorar </div>
<div style="text-align: center;">
não olhar pra trás</div>
<div style="text-align: center;">
nem se arrepender do que faz.</div>
<div style="text-align: center;">
Quero ver o amor vencer</div>
<div style="text-align: center;">
você resistir e sorrir."</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXOGIoE2w6FssGfGDBsI2sdakm_MUuZpwtqN2Sl9c-S1RppVaDEIav1crXGa3DYmDXKRRwwT5xV9bKlXHnvRaULb3_6MXt4V9Tt9DY_SwLRQUNyT5pSe_HfPHmyjItuyTdHMZ9SZ-HTEA1/s1600/a-juta-e-um-material-rustico-que-permite-confeccionar-os-personagens-do-presepio-fonte-pinterestc.jpg.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="492" data-original-width="620" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXOGIoE2w6FssGfGDBsI2sdakm_MUuZpwtqN2Sl9c-S1RppVaDEIav1crXGa3DYmDXKRRwwT5xV9bKlXHnvRaULb3_6MXt4V9Tt9DY_SwLRQUNyT5pSe_HfPHmyjItuyTdHMZ9SZ-HTEA1/s320/a-juta-e-um-material-rustico-que-permite-confeccionar-os-personagens-do-presepio-fonte-pinterestc.jpg.webp" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
Acredito que todos conheçam este famoso jingle de Natal, ou pelo menos todos aqueles da mesma faixa etária que eu. Tocava na propaganda do antigo Banco Nacional lá pelos idos de 1985 e, agora, já faz parte do nosso cancioneiro natalino. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Com essa introdução pretendo remeter o leitor a algo familiar para poder falar de um fato que presenciei ontem: lá estava eu em meio às compras de fim de ano, nesse calor de quase 50º do Rio de Janeiro, quando resolvi comprar uma água. Parei em uma lanchonete qualquer de esquina, que eu já havia avistado ao longe, como quem no deserto, antevê um pequeno oásis. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
E, assim que entrei, dei de cara com uma cena super fofa: estavam sentados um pai e sua filha nas cadeiras do balcão da lanchonete a minha frente, com seus sucos e cantavam o tal jingle na maior animação. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Imediatamente eu esqueci o calor, a ansiedade, as dores no corpo, o cansaço e botei o maior sorrisão na minha cara.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
E eles continuavam a cantar na maior alegria, sem prestar a mínima atenção no efeito que causavam nas pessoas a sua volta: uma contagiante sensação de bem estar e alegria e até, esperança. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
É, pois é, esperança, repetida no refrão: <i><b>que o Natal existe, que ninguém é triste, que no mundo há sempre amor... Bom Natal, um Feliz Natal, muito Amor e Paz pra você, pra você...</b></i></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
É ingênuo? É sim, mas pai e filha, ali, naquela felicidade, cantando também o era!<i><b></b></i></div>
<div style="text-align: left;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: left;">
Então o que espero é que cada um de vocês, retenha essa imagem, e a levem consigo para suas casas e para esse Novo Ano do Sol que daqui a pouco se inicia. <i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
E que como eu possam viver essa esperança a partir da simplicidade deste momento único.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Que todos possam viver momentos únicos neste Natal e neste Ano Novo.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
<span class="_4yxo">A letra na íntegra: </span></div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
<span class="_4yxo">O NATAL EXISTE</span></div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Quero ver,<br />
Você não chorar,<br />
Não olhar pra trás,<br />
Nem se arrepender, do que faz,<br />
Quero ver o amor vencer,<br />
Mas se a dor nascer<br />
Você resistir e sorrir...</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Se você pode ser assim,<br />
Tão enorme assim, eu vou crer...</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Que o Natal existe,<br />
Que ninguém é triste,<br />
Que no mundo há sempre amor,<br />
Bom Natal, um feliz Natal,<br />
Muito amor e paz pra você, pra você (pra você).</div>
<br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-88061397723675360882019-09-06T10:46:00.002-07:002019-09-06T10:56:03.559-07:00IN DIG NA ÇÃO<h1 class="article__title" style="background-color: white; font-family: WhitmanDisplayCond, serif; line-height: 1em; margin: 0px 0px 20px; word-break: break-word;">
</h1>
<div>
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: xx-small;">Na foto abaixo o famoso dia da queima de livros na Alemanha nazista, estamos quase chegando lá!</span></div>
</div>
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzyPz63LvMrK6MKokeLGLa4NikQdO-wZUEA2Tubd-Aw_wm81V_xxTYdGlzoZF6HZvAWieMV9SslMQM-WdpFvFU5W8VqweQwKJK0I96YIEQAAD37iY5UBEeqNNz5zxpGUWvmpMRBsTqOOOI/s1600/croped-1455307593.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="380" data-original-width="640" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzyPz63LvMrK6MKokeLGLa4NikQdO-wZUEA2Tubd-Aw_wm81V_xxTYdGlzoZF6HZvAWieMV9SslMQM-WdpFvFU5W8VqweQwKJK0I96YIEQAAD37iY5UBEeqNNz5zxpGUWvmpMRBsTqOOOI/s320/croped-1455307593.jpg" width="320" /></a><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoVpWoZ8zVb_J3hTjaaQMvXWAoyd_l0TZcKPlAD8zprwyFF4K8awY68w-91Z3TFzpfA9fr5Iz1kikcDON-dxqUbuqxqttTu6bYpOv1FlzdWUhrpQDwhN2IK-k78LWLoOmaXJM1_-oiWWkW/s1600/xSeop-bienal.jpg.pagespeed.ic.ENE4OiumeE.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="652" data-original-width="1086" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoVpWoZ8zVb_J3hTjaaQMvXWAoyd_l0TZcKPlAD8zprwyFF4K8awY68w-91Z3TFzpfA9fr5Iz1kikcDON-dxqUbuqxqttTu6bYpOv1FlzdWUhrpQDwhN2IK-k78LWLoOmaXJM1_-oiWWkW/s320/xSeop-bienal.jpg.pagespeed.ic.ENE4OiumeE.jpg" width="320" /></a><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span>
<span style="font-size: xx-small;">Nesta foto ao lado funcionários da prefeitura do Rio de Janeiro na Bienal do Livro procuram material "IMPRÓPRIO" - 06/09/2019</span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Meu repúdio e minha indignação é pouco diante de tal absurdo que estamos vivendo hoje. </div>
<div>
É estarrecedor que seja dado "poder" a essas pessoas ignorantes, para que elas possam "decidir e escolher" por nós. </div>
<div>
O que eu vou ler, apenas eu tenho o DIREITO DE ESCOLHER. </div>
<div>
Nascemos todos as "imagem e semelhança de Deus" e, por isso mesmo, com DIREITO DE DECIDIR o que é ou não é melhor para nós e para nossos filhos. Não é o Estado, que se mostra um fracasso em todos os sentidos, que vai decidir isso por nós!</div>
<div>
Muito menos o um prefeito omisso e desqualificado. </div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-13066542932830391712019-06-28T08:41:00.001-07:002019-07-15T07:22:06.949-07:00 O Ódio<br />
Ódio, é o nome de uma música da banda de rock Luxúria, que eu adoro, mas que infelizmente já terminou, quem não conhece vale procurar os vídeos, são ótimos. E quem conheceu, claro vai saber exatamente do que estou falando. Exato, daquele trecho do refrão que repete: <i><b>o meu ódio é o veneno que eu tomo querendo que o outro morra!</b></i><br />
<i><b><br /></b></i>
Quando a gente escuta a música pela primeira vez, nossa, essa letra é uma porrada surda bem no meio do nosso queixo. Não há quem escute isso e fique indiferente. Essa frase fica cutucando você.<br />
<br />
Pelo menos a mim, ah, ela me alfineta o corpo e a alma.<br />
<br />
Porque sabem, é verdade: alimentar o ódio é o mesmo que tomar um veneno mortal e intoxicar o nosso corpo pouco a pouco ou às vezes, muito rapidamente. É matar a si mesmo na esperança de que o outro, o objeto de nosso ódio, morra.<br />
<br />
Mas a não ser que o façamos de verdade, isto é, que o assassinemos, todo o ódio e o rancor que alimentamos apenas se volta para o nosso próprio corpo nos matando lentamente, nos curvando sob o peso do monstro que pintamos.<br />
<br />
Todo o ódio que foi disseminado no período eleitoral e que continua até os nossos dias, está deixando esta nossa sociedade doente.<br />
<br />
Minha esperança é que todo esforço empregado por grande parte da sociedade para desmascarar todo esse retrocesso, prevaleça.<br />
<br />
É muito triste ver pessoas cultivarem ódios e rancores, passando pela vida amargas principalmente porque isso gera complicações físicas. Sim, não é à toa que a frase nos diz que "nós ingerimos veneno", pois é, esse veneno gera consequências em nosso corpo: ele nos intoxica, nos fragiliza e interrompe o livre fluxo de energias, em algum ponto ele cria um nódulo feio, talvez mesmo um câncer que irá nos corroer por dentro.<br />
<br />
E o estranho de tudo isso é que acreditamos mesmo que com nosso ódio e nossos impropérios, estamos atingindo "o outro", quando estamos atingindo somente a nós mesmos.<br />
<br />
Ninguém aqui está dizendo que perdoar é fácil. O processo de cura, por vezes é longo e sofrido, mas é sempre o mais necessário.<br />
<br />
A cura do ódio, dos ressentimentos, dos rancores, não é simples. É um processo difícil, mas existem pessoas e existe Deus pra nos ajudar, seja qual for o Deus que esteja com você.<br />
<br />
Exige muito, mas muito amor por você mesmo. Exige um desejo profundo de nunca desistir da gente mesmo e exige sonhar, ter um sonho. Exige entender que todas as pessoas são falhas e de que todas as pessoas podem ser incríveis.<br />
<br />
E um profundo conhecimento de nossas próprias qualidades, funcionamento e defeitos e do contexto de nossas vidas.<br />
<br />
O mundo humano não é justo. Ao contrário, é marcado por uma história de violência e preconceitos, mas só quem pode mudar essa realidade, pasmem, é o mesmo ser humano.<br />
<br />
Então há que se ter paciência e saber que ninguém está sozinho. No fim de tudo sempre há alguém para te estender a mão e te amar exatamente como você é (pelo menos essa é a minha esperança!).Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-3754315412175239792019-06-11T11:06:00.001-07:002019-07-15T07:25:55.628-07:00Caminhando sobre o céu...Tenho uma amiga maravilhosa que me diz sempre: Cynthia, as portas do céu estão sempre abertas para nós. Entre por elas e caminhe querida, com um louvor em seus lábios.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTkTrnKjsgKwZPv4y0tq5_6T7koFVf1MgSVplp8paHkVRlB5-70QKo3-phvpLyy8iCckpakZKSkIixA3VP3K2Jn6W6xa5zZMbB0OiJ22Ecnjd72s5m0iytq4V3J2mGJgP4ut6xYutwNSqQ/s1600/cminando+en+el+cielo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="498" data-original-width="696" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTkTrnKjsgKwZPv4y0tq5_6T7koFVf1MgSVplp8paHkVRlB5-70QKo3-phvpLyy8iCckpakZKSkIixA3VP3K2Jn6W6xa5zZMbB0OiJ22Ecnjd72s5m0iytq4V3J2mGJgP4ut6xYutwNSqQ/s400/cminando+en+el+cielo.jpg" width="400" /></a>Eu tento permanecer com esta imagem em minha mente. Ela é tão incrível. Foi quando eu vi esta foto do Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo, na Cordilheira dos Andes, em Potosi, na Bolívia e me vi caminhando no céu.<br />
<br />
Ah, definitivamente através desta imagem a gente pode tomar posse do já agora, ainda não. As portas do céu estão sempre abertas a gente é que não vê o óbvio: que Deus está dentro de nós é só uma questão de deixarmos as porteiras do amor e da esperança abertas. E assim, permitir que Ele guie nossas intenções e pensamentos para levar sua obra a bom termo.<br />
<br />
Peregrino, o caminho a gente faz ao caminhar. E caminhando a gente ensina e aprende.<br />
<br />
Estar sempre em movimento nessa terra é preciso. Confrontar aqueles que acreditam deter em si as tradições, a moralidade, o poder e a riqueza deste mundo é preciso.<br />
<br />
E não importa ter medo. Porque temos medo. Mas importa saber que temos a vida eterna naquele cujo amor excede todo o entendimento. Que nele sobra vida e conhecimento. Então, apesar do medo, estaremos sempre um passo a frente.<br />
<br />
Detentores de vida e de esperança que só tem aqueles que sabem que caminhar no céu é possível e que um dia nos veremos, nos encontraremos, pelo menos a todos aqueles que ousaram.<br />
<br />Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-86303365036731394322019-06-07T07:21:00.001-07:002019-06-07T07:21:55.022-07:00As cartas não mentem jamais?Ela jogou as cartas no pano verde.<br />
Dez cartas ao todo. Dez cartas dispostas em círculo e fechadas.<br />
Começou a abri-las uma por uma no sentindo anti-horário e falava com aquela voz suave, agradável e feminina tentando me seduzir enquanto fazia suas revelações.<br />
Seus dedos longos e delicados passeavam pelas cartas e pude notar seus anéis e outros badulaques tão ao gosto das mulheres daquele estilo.<br />
Vez ou outra ela levantava os olhos para mim e me dizia: - Hum... temos aqui uma dama de copas junto de um valete de espadas... e continuava falando ora em um tom monótono, ora em um tom mais animado, como se visse algo novo nas cartas para logo em seguida assumir uma longa pausa, como que completamente entediada com a leitura.<br />
No final, deu um longo suspiro e me disse sismada:<br />
- Querido, se você não sair logo dessa cidade, ela vai te engolir! Faça as malas e vá embora já daqui, este é o melhor conselho que posso lhe dar porque, enquanto você permanecer aqui, meu irmão parece que nada vai te acontecer. Até eu estou fazendo as malas e deu uma sonora gargalhada.<br />
Além de me cobrar uma fortuna pelo ridículo conselho.<br />
<br />
Mas que merda, aquilo eu já sabia. Sabia que ficar naquele fim de mundo não ia funcionar pra mim, mas o que fazer? Pra onde ir? Sem muita instrução, sem família, sem muitos sonhos...<br />
Ir para uma cidade grande fazer o quê? Ganhar muito dinheiro (mas nem muitas ambições eu tinha!).<br />
Talvez fosse melhor ficar aqui mesmo, neste fim de mundo, sem muitas expectativas.<br />
<br />
Lá fora a carne branca e mole e saborosa tostava na grelha no fogo brando, estava mesmo deliciosa. Imagina aquela vagabunda me cobrar aquela fortuna pra me dizer o que há muito, eu já sabia.<br />
A cabeça eu enterrei no lugar de sempre e bem fundo, o restante da carne, apurada e salgada, duraria por muito tempo. O churrasco daquela cigana idiota seria apreciado por mim por um bom tempo, mas isso ela não observou nas cartas. O que eu faria saindo daquele fim de mundo? Onde eu teria meus prazeres tão peculiares satisfeitos sem ser questionado por absolutamente ninguém?<br />
<br />
Não, este é o lugar certo pra gente como eu, pelo menos por enquanto.<br />
<br />
<br />Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-17028124805023336562019-03-21T06:19:00.000-07:002019-03-21T06:34:04.967-07:00Tudo acontece no Metrô<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4ngXu21vJsflX3-YA7b57Pu-ATm96fyq6W2TdI7QD7NOqNlZpuoQN7IUfZ6i7VfdQsRp-kKKfqN4GmZJtIjmnExG6JPLhJcesBLXYgTHD7nehU0HqDDJsny308MgkvGI19BHqShyphenhyphencNFPB/s1600/MetroRio-Vag%25C3%25A3o-Feminino-1024x921.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="921" data-original-width="1024" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4ngXu21vJsflX3-YA7b57Pu-ATm96fyq6W2TdI7QD7NOqNlZpuoQN7IUfZ6i7VfdQsRp-kKKfqN4GmZJtIjmnExG6JPLhJcesBLXYgTHD7nehU0HqDDJsny308MgkvGI19BHqShyphenhyphencNFPB/s200/MetroRio-Vag%25C3%25A3o-Feminino-1024x921.jpg" width="200" /></a></div>
Estava eu, plácida, no primeiro carro do Metrô destinado exclusivamente as meninas, quando de repente e não mais que de repente, em uma de suas paradas, me entra pela porta um perfeito exemplar do gênero masculino.<br />
Ele entra apressado, olha diretamente para mim, pois estou bem à porta, e grita sem pestanejar: MACHISTAS!<br />
E imediatamente, apesar dele manter seu passo apressado e covarde para o próximo vagão, para manter-se a salvo da sanha de todas as moças que ali se encontravam, eu revidei: BABACA!<br />
Afinal, ele olhou diretamente para mim.<br />
Depois de alguns segundos do ocorrido, comecei a rir... refletindo junto com as mulheres, que perto de mim, também escutaram aquele despautério.<br />
Porque é só pensar no significado da palavra para entender que o xingamento do tal fulano tratava-se de uma contradição absurda.<br />
Vamos ver o significado de tal termo: Machismo é o comportamento, expresso por opiniões e atitudes de um indivíduo que recusa a igualdade de direitos e deveres entre os gêneros sexuais, favorecendo e enaltecendo o gênero masculino sobre o feminino. O machista é o indivíduo que exerce o machismo. (<span class="text_exposed_show"><a data-ft="{"tn":"-U"}" data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fwww.significados.com.br%2Fmachismo%2F%3Ffbclid%3DIwAR1eoxO0NrIZhs4tePdp9J6geBkHZfGRmUgULTPFsi8vctHiaJylcXHG71Y&h=AT1OYO4aB4QSXhPH08uWYzjUSk0r6vdq-UMIJXhhLycU2tBRatJRbARVI34Egt2oHeFayvkgR4H79YaE7CHLLWNTZjpLr78M7dQGjC80WcoYLlI75ORub1XHEkQ5uSOYNPMjx8cckMqraesh_e65pjoZUQsc1z56" href="https://www.significados.com.br/machismo/?fbclid=IwAR1eoxO0NrIZhs4tePdp9J6geBkHZfGRmUgULTPFsi8vctHiaJylcXHG71Y" rel="noopener nofollow" target="_blank">https://www.significados.com.br/machismo/</a>) </span><br />
<span class="text_exposed_show">Portanto, é um contrassenso, nesta situação, querer nos insultar nos chamando de machistas.</span><br />
<span class="text_exposed_show">Quem sabe se ele nos chamasse de feministas ou de feminazis, como alguns idiotas nos chamaram durante a campanha eleitoral.</span><br />
<span class="text_exposed_show">De qualquer forma querido "descompensado" do gênero masculino, vc serviu para boas risadas hoje no Metrô, foram muitas as piadas e gargalhadas e com certeza, vc alegrou o dia de muitas mulheres que presenciaram este seu KING KONG, neste dia a dia do Metrô carioca.</span>Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-3497009743862631202019-02-06T05:44:00.002-08:002019-03-08T12:53:52.894-08:00BOM DIA<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Hoje o dia começou esquisito.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Uma correria pra sair de casa, nem sei bem porquê, mas nada saiu como planejado e acabei me atrasando muito. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Já na rua, uma pomba fez um estrago na minha camisa branca! Uma enorme cagada. Tive que passar na farmácia comprar álcool e lencinhos para tentar melhorar a aparência daquela coisa e evitar a mancha. Entrei no metrô Arco Verde esbaforida e, pra quem conhece, corri pra chegar na plataforma e pegar o trem. Quando chego na plataforma, gente</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"> pra todo lado, a plataforma lotada e o trem nada de chegar.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Fiz o percurso todo de novo cheia de razão interpelei a funcionária: Querida, vocês deveriam avisar quando o metrô tem problemas, quero meu bilhete de volta!<br />E ela me responde, ah, moça tem um cartaz ali e quanto ao dinheiro, a senhora tem que falar com o encarregado.<br />Cartaz? Que cartaz? Quem vê cartaz minha filha?<br />Pra minha desgraça tinha uma mocinha lendo o tal cartaz, pra minha sorte uns vinte entrando como eu, sem ler coisa alguma, totalmente apressados.<br />Nisso, a rapaziada que subiu comigo, começou a se aglomerar.<br />Resultado, recebi meu bilhete de volta e fui buscar uma outra alternativa de condução.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Como o ônibus tava demorando uma eternidade e o trânsito não tava nada bom, peguei um táxi que foi pela praia e, chegou sem muitos incidentes no Parque da República pela entrada da Praia do Flamengo.<br />Ainda bem, pois quando eu entrei no Parque, senti um cheiro de infância delicioso.<br />O mesmo cheirinho gostoso que eu sentia, quando morava em Teresópolis, enquanto criança. O cheiro da chuva, da grama, das árvores, da terra...</span><br />
<div style="text-align: left;">
Essa lembrança afetiva me apaziguou e clareou todo o meu dia, foi o suficiente para esquecer todo estresse e começar tudo outra vez. Um bom dia para todos nós.</div>
<br />
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px;"><br /></span></span>Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-64581437195805704262018-10-30T10:25:00.001-07:002019-07-15T07:30:09.968-07:00Novas Diásporas<div class="_39k5 _5s6c">
<div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Segundo Renato Nunes Bittencourt em seu artigo Os Sem Lugar da Humanidade, na Revista Filosofia Ciência e Vida, nº 142, Ano X de setembro de 2018: <i><b>Uma das pautas mais urgentes da filosofia política em sua imprescindível concretude é a questão dos imigrantes e refugiados (...).</b></i></div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Diante da extraordinária e assustadora leva de hondurenhos em marcha para os EUA que assistimos recentemente e, a reação absurda e temerária de Trump, a miséria e tragédia dessas populações, se faz fundamental e urgente esta discussão. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
A discussão de quem somos. Somos uma única raça ou somos várias tribos divididas por fronteiras “artificiais” e geopoliticamente traçadas? Somos mesmo todos da raça humana apenas e, como tais, com direitos fundamentais garantidos? Quem queremos ser?</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Massas se deslocam pelo mundo fugindo de guerras, da miséria extrema em que vivem em seus países de nascença, de pandemias, da violência e da falta absoluta de perspectiva em todos os sentidos. Se deslocam de seus locais de pertencimento, de história e de cultura para o desconhecido buscando sobrevivência, buscando subsistência e reconstrução de suas vidas destruídas. Famílias inteiras perdem suas raízes, sua identidade em busca de alguma paz e alento para suas necessidades básicas. E o que encontram em outras terras?</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
A primeira coisa que temos que ter em mente para lidar com estas questões é: estamos lidando com seres humanos como nós! Então este é um problema “humanitário”.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Não se trata de fechar os olhos e dizer: Que se danem! Que o país vizinho resolva este problema, nós já temos os nossos. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Este é um problema que deve ser enfrentado por todos nós, pois se trata do ser humano cuidando de outros seres humanos. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Imigrantes e refugiados pelo mundo são o resultado do mundo que criamos. Neste mundo globalizado e tecnológico em que vivemos, não adianta dizer que não temos nada a ver com isso, é como se o mundo todo fosse uma coisa só. As guerras na Síria nos afetam sim! Sinto lhe dizer. Afetam toda a economia mundial, afetam a política mundial e tem efeitos diretos sobre a economia e a política de todos os países. Você não acredita? Existe um tal de G8 que determina a economia no mundo, tarifas de importação e exportação etc, que nem sabemos como funciona totalmente, mas entendemos que existe e regula a economia mundial. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Não adianta o Trump gritar que no meio dos hondurenhos pobres e maltrapilhos há “terroristas muçulmanos infiltrados”, as levas de refugiados continuarão chegando.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Não adianta ver o desconhecido com medo e pânico: dê nome aos imigrantes e refugiados. Isso, pergunte seus nomes, saiba da sua história porque saíram do seu lar, dos seus países, onde falavam sua língua, usavam um tipo de roupa, comiam um tipo de comida e tiveram que abandonar tudo para se aventurar num lugar muitas vezes hostil e diferente do que eles estavam acostumados. Muitas vezes enfrentar o ódio em vez do acolhimento das pessoas. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Em um mundo onde, ao que parece, o ódio está mais presente que o amor e o preconceito parece muito mais próximo de nós que o acolhimento, é muito provável que perdure a imigração de levas maiores de pessoas para outros países. Que as diásporas se consolidem nestes tristes tempos em que vivemos. <span class="_4yxo _4yxp">E teremos que olhar para isso com olhos solidários e humanos e não com preconceito e egoísmo. </span>
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
</div>
</div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-38444497440592014662018-07-17T06:29:00.004-07:002018-07-17T06:30:15.665-07:00TEXTO TRANSCRITO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnmTHiXUan8kmBkfvcDj7OGz6qQZxtFC6xI4wtyK0F98uDsdZIe-S_FcCxMtlwOVfuR4I3shPHQMQLMZsUDYAod5x3mFmB7J8AxJZXGZKMoaTPeLDkpNMRjKU-BCn6O95eARiHiGonrb-L/s1600/texto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="679" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnmTHiXUan8kmBkfvcDj7OGz6qQZxtFC6xI4wtyK0F98uDsdZIe-S_FcCxMtlwOVfuR4I3shPHQMQLMZsUDYAod5x3mFmB7J8AxJZXGZKMoaTPeLDkpNMRjKU-BCn6O95eARiHiGonrb-L/s640/texto.jpg" width="451" /></a></div>
<br />Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-28686697259984924102018-07-10T11:44:00.001-07:002018-07-17T06:28:42.096-07:00TRANSCRIÇÃO DE UMA CRÔNICA DE LEON ELIACHAR NA CASA DE MEU PAI, NORMANDO LOPES<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="text-align: center;">
<b>O TELEFONE TILINTA E FAZ O NOSSO ROTEIRO (AGITADO) PARA UM FIM DE SEMANA (COM FINAL FELIZ)</b></div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="text-align: center;">
LEON ELIACHAR (Ano III - PENÚLTIMA HORA - Rio, 3 de dezembro de 1957 - nº 580)</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Um telefonema me levou à residência do Sr. Normando Ferreira Lopes e senhora, para uma reunião. Às três da manhã, dois estampidos nos levam a janela, que dá frente para a Rua Felipe de Oliveira, e os primeiro curiosos que começam a se juntar em volta de um jipe, arrastam até lá embaixo a nossa incontrolável curiosidade. Debaixo do jipe, um homem baleado (pelas costas) geme de dor, enquanto populares discutem várias hipóteses. Quem não viu, afirma coisas; quem viu, diz que não viu nada. O carro da rádiopatrulha chega ao local, mas não pode chamar a ambulância, porque o seu rádio estava enguiçado. Engraçado: chama-se “rádiopatrulha”, mas só a patrulha é que funcionava. Enfim, a Sra. Ferreira Lopes[1] ligou para a assistência e (que milagre!) em poucos instantes chegou uma ambulância que levou o homem. As discussões continuaram.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
- Onde estão os guardas civis que atiraram no homem?</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
- Pegaram um lotação...</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
- E onde estão os Cosme e Damião que corriam atrás do homem?</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
- Estão aqui, mas também iam fugir. Fui eu quem os trouxe de volta – disse Marcelo, rapaz mais conhecido por “Bicudo” nas rodas boêmias da Zona Sul.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Diante da revolta em face do crime, considerado covarde por todos, várias testemunhas se apresentaram para indiciar[2] os Cosme e Damião como suspeitos: um funcionário da Polícia Técnica, que examinou suas armas (intatas), o Sr. Normando Ferreira, o Sr. Wolney Brandão e o Sr. Marcelo; estavam todos dispostos a fazer vir à tona a verdade. Acompanhei-os ao 2º Distrito, ainda movido pela curiosidade, pois gosto de aprender como “funciona” o nosso organismo policial.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Fiz perguntas, aparentemente absurdas: porque os guardas civis fugiram? Eles não tinham motivo para atirar? Quem me explica é outro guarda: “Ele fugiu para livrar o flagrante. Uma vez matei um homem em legítima defesa; depois dele me dar três tiros, acertei-o e ele caiu. Fui socorrê-lo e gastei 66 mil cruzeiros para me defender pelo crime de “homicídio”.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Nunca mais! Se eu for obrigado a atirar outra vez meto o pé...” O dia já estava clareando, quando o auxiliar de Comissário, Sr. Enio Jorge, me reconheceu entre os curiosos e se aproximou para me dar um abraço (apesar das minhas críticas, fiquei satisfeito em saber que também tinha fãs dentro da própria Polícia) e me disse: “Sente aqui ao meu lado; você verá coisas engraçadíssimas para escrever”. De fato, as “ocorrências” vão desfilando quase automaticamente; não para nunca. Às sete da manhã o Sr. Enio me oferece condução, num carro da radiopatrulha: “Muito obrigada, mas como é que eu vou explicar essa “carona” ao porteiro do meu edifício?...” Ia me afastar, quando o Sr. Enio pediu fogo; acendi o seu cigarro e fiquei na moita – pois vira perfeitamente quando a sua caixa de fósforos fora furtada, dentro da própria Delegacia. Sabe-se lá se ele não acabaria me convocando para testemunha? Cheguei em casa, deitei, fechei os olhos e pensei: “E dizer que se eu tivesse saído da reunião, poucos minutos antes, esta crônica hoje não sairia.” Não porque não tivesse acompanhado o crime – mas justamente porque poderia ter sido eu próprio a vítima... </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
[1] É engraçado notar que minha mãe não tem nome! Aliás o nome dela era Noemia.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
<br /></div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
[2] Se fosse hoje em dia, heim?</div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-85661802280111683762018-04-03T12:46:00.001-07:002018-04-03T12:46:33.482-07:00HANG MASSIVE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/xk3BvNLeNgw/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/xk3BvNLeNgw?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
<br />Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-47907922225974957032018-04-03T12:39:00.001-07:002018-04-03T12:40:12.141-07:00O HOMEM DO DISCO VOADOR<div class="_39k5 _5s6c">
<div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvVYpV0A-6tncK1edlIpwtAF_XvTJ2WCX6rctYRJEwLz7yvEiC-7kWR-rx2rWEVoSA-VTrnkF81LNb3rLuNXZzLJiBRLxXTwYFL3lHIrVZyDokzRzWqN_kcboOZxh0pfX8Brk5iuJPU0YF/s1600/hang+drum.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvVYpV0A-6tncK1edlIpwtAF_XvTJ2WCX6rctYRJEwLz7yvEiC-7kWR-rx2rWEVoSA-VTrnkF81LNb3rLuNXZzLJiBRLxXTwYFL3lHIrVZyDokzRzWqN_kcboOZxh0pfX8Brk5iuJPU0YF/s320/hang+drum.jpg" width="320" /></a></div>
Hoje cheguei arrasada no trabalho. Voltei da minha semana preciosa de recesso, de uma preciosa semana de liberdade, sem poderoso chefão, sem chefete e quando chego no meu local de trabalho: o caos está instalado!</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Pilhas e pilhas de caixas de livros e documentos espalhadas pelo salão da biblioteca, porque ninguém orientou a pessoa a colocar as caixas empilhadas em um local melhor ou, mais adequado. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Explodi... tá bom, eu deveria ser mais flexível e compreender que tudo é assim mesmo e ir levando o barco para a margem segura. É que eu ainda me importo com não sei o quê. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
De qualquer forma, agora depois do almoço e do incenso, eu me pergunto: o que será que dá para salvar deste dia? Aí me lembrei do homem do metrô (sempre o metrô!) e o seu disco voador. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Eu explico: estava vindo trabalhar como sempre de metrô quando observei um rapaz, sentar no meio do vagão em sua mochila. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Não sem antes tirar dela um objeto não identificado, pelo menos por mim. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
O rapaz sentado na mochila começa a montar o objeto composto de duas partes: dois enormes pratos largos e grandes, no feitio de um disco voador, desses que a gente vê nos desenhos animados e começou a tocar.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Do disco voador surgiu um som totalmente inesperado e sutil que encheu o vagão de musicalidade e me fez sorrir. É claro que não só a mim! </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Pois bem, eu recupero pra vocês esta sonoridade gostosa e diferente esperando que todos tenham a mesma sensação que eu e que possamos esquecer um pouco de que hoje ainda é segunda-feira. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Ah e o instrumento chama-se “hang drum”.</div>
</div>
</div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-7065589736569915222018-01-16T11:05:00.000-08:002018-01-16T11:22:10.723-08:00Histórias de amores de outros planetas<div class="">
<div class="_42ef _8u">
<div class="_3uhg">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiHs25dXs1k8_RbFKHSGlYIKW60tVilSH1zANCFnePwM4D7q_EWvmoW8ohA4-BH-bRBMWNAP4kxykxFBbsBXZdvy8FqbkXheRD1qlOSTugmoUFqzAI9pTGKyTmdPh7i6cFdJNrIzgXzqL6/s1600/16085004129018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="860" height="355" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiHs25dXs1k8_RbFKHSGlYIKW60tVilSH1zANCFnePwM4D7q_EWvmoW8ohA4-BH-bRBMWNAP4kxykxFBbsBXZdvy8FqbkXheRD1qlOSTugmoUFqzAI9pTGKyTmdPh7i6cFdJNrIzgXzqL6/s640/16085004129018.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span class="_4_mf"></span></div>
</div>
</div>
<div class="_39k5 _5s6c">
<div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Eis aí um título bacana. Na verdade não me lembro se o título diz respeito a um livro ou a um filme, mas do que gostei mesmo foi deste precioso título (que nem ao menos sei se é este mesmo ao “pé da letra”). </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Sabem o que fiquei imaginando? Não serão todos os amores de outro planeta?</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
E é claro que não falo dos amores corriqueiros e passageiros, dos amores noturnos e escorregadios ou dos amores obsessivos e cheios daquele drama rançoso e ciumento. Ah, não, eu falo daquele amor que deseja e que se doa cotidianamente, que se arrepende todos os dias e que todos os dias renova sua aliança se recriando.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Esse grande barato, que sejamos honestos, eu nunca vivi porque sou deste planeta, deste país. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Mas eu acredito que deva ser vivido por muita gente por aí, em Marte, Vênus, Plutão ou Mercúrio, pessoas que apesar do medo curtem a experiência de amar outra pessoa que não sejam elas mesmas. Que escolhem a cada dia estar com aquele ali, não por carência ou falta absoluta de opção, mas porque é ele (ou ela) e é com ele que o sexo é melhor a cada novo momento, é com ele que as chatices cotidianas não são mais tão chatas. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Olhe para dentro de si mesmo e se pergunte: você já escolheu ser feliz? Você em algum momento de sua existência já se perguntou se viver o caos de uma viagem por outros planetas vale a pena? Porque definitivamente este não parece ser um mundo para amores, certo? Este parece ser um mundo para ódios eternos e um pra sempre de tédios e desejos. Um planeta de acasos. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
E é sempre por acaso que escolhemos o mais podre e complicado dos mortais para termos nosso relacionamento tedioso. Não porque sejamos diferentes dele, apenas escolhemos mais uma vez o nosso avesso, que se observarmos direitinho no espelho, será nosso reflexo mais bem acabado a cada vez. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Mas não quero que ninguém pense em mim como uma pessoa amarga e desesperançosa, ah, isso não!</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Afinal, a cada momento vemos os homens avançando em seus inventos tecnológicos e, logo, logo, as viagens para outros planetas se tornará possível e as gerações futuras poderão renovar suas esperanças no amor.</div>
</div>
</div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-15263263932463660452017-10-23T09:51:00.002-07:002017-10-23T09:52:59.748-07:00Devaneios: eu na história<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic-gn5liDDlGbSj2Gy96BM03LYUfFPBkzj_5aigmtKzv11CW4xJr9vznVgFKFOgMH-NGNuC8JVIJGYle3r-NEGpAPHrB2hZAPCcDD_4Rc3OYyEzzRIxlyy3zhnXJcxBAMQGGvv1XixhUn1/s1600/mummy-paint-2.adapt_.1190.1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="642" data-original-width="801" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic-gn5liDDlGbSj2Gy96BM03LYUfFPBkzj_5aigmtKzv11CW4xJr9vznVgFKFOgMH-NGNuC8JVIJGYle3r-NEGpAPHrB2hZAPCcDD_4Rc3OYyEzzRIxlyy3zhnXJcxBAMQGGvv1XixhUn1/s320/mummy-paint-2.adapt_.1190.1.jpg" width="320" /></a><span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Quando jovem eu tinha o mau hábito de caminhar sozinha pelas madrugadas.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Na verdade, sempre estava em grupo, mas no fundo muito só, varava as
noites sem destino, gastando meus pés a esmo, sem qualquer futuro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Não havia sentido na caminhada. Eu vagava, muda, tal qual um fantasma.
Um espectro na noite junto a outros tantos espectros, que procuravam palavras e
toques, mas que não saíam do lugar comum. Balbuciando como crianças pequenas na
esperança de um acolhimento, na esperança de sermos entendidos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Nada mais irreal ou impossível. Uma geração de amadurecimento muito
tardio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Talvez fruto da violência a que fomos submetidos ou mesmo da
contradição, entre a força bruta e o nosso silêncio e, a luta que tivemos que travar
contra o nosso medo e a violência que se impunha através do Estado e da
família. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Além disso, existiam as drogas. Ah, sim... muitas possibilidades à
disposição. Inúmeros jeitos de fugir de uma tomada de decisão. Mil maneiras do
capital manipular a juventude: o verdadeiro estopim para qualquer mudança. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Os outros setores estavam por demais acostumados ao silêncio e ao medo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Neste período os trabalhadores organizados foram a vanguarda. A greve
metalúrgica no ABC foi a chave para a construção do PT e depois, da CUT. A
juventude agora tinha um norte – o apoio total e irrestrito à mobilização dos
trabalhadores. Nos organizávamos para ajudar de todas as maneiras. Dinheiro,
militantes, apoio de todo tipo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Paralelo a isso tínhamos a bandeira da Anistia Ampla, Geral e
Irrestrita. E com a nossa juventude pueril, tudo estava combinado às drogas e
ao lumpesinato (carioca no meu caso), não era uma mistura muito saudável. Neste
viés o PDT conquistava um peso nas relações sociais no Rio de Janeiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Definitivamente este “quê” estudantil, impregnou o movimento dos
trabalhadores. Mas claramente o movimento já estava tomado pela classe média e
seus titubeios infantis já há algum tempo. Neste caso, o que deveria ser sim,
sim ou não, não, se torna uma discussão insuportável de intermináveis variáveis
tons de cinza possíveis, sem nunca se chegar a qualquer conclusão ou ação, o
que é pior ainda, paralisando as mobilizações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">É claro que isso não se dá de um dia para o outro. Este é um movimento
lento e gradual, que vai minando a resistência das massas aos poucos.
Esvaziando as discussões que se tornam exaustivas para as bases. Muitos dos
trabalhadores que já conhecem o álcool, passam a conhecer outros tipos de
drogas e fazem uso delas. Os sindicatos se descaracterizam como instrumentos de
luta depois de algum tempo, principalmente após a eleição de Lula. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Na verdade, tudo isso é uma sensação que guardo deste período. Agora, já
mais velha e observando com um certo distanciamento, eu me observo e vejo este
momento desta maneira. Vou guardar este relato para entender como farei esta
observação daqui há uns anos, se viva eu estiver até lá. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-hyphenate: auto;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "georgia" , serif; font-size: 13.0pt;">Quem viver saberá!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-25126387162070494622017-09-29T09:13:00.002-07:002017-09-29T09:35:16.747-07:00TINDERNESS<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2_ppjOu6fHeIRIR62fAwbcK4IgtGHnWcChh8xDXTjqZFI872KR9bfvyC0MaaXGc1cpXLzFGlVNHZqrpbbzhklMY7AKyY2U7X0a_M2FEWzLDNSC_xIdA4Ylx4LH0z1KgqAq4hfojXTHBFF/s1600/Homemade-Flavored-Toothpicks.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2_ppjOu6fHeIRIR62fAwbcK4IgtGHnWcChh8xDXTjqZFI872KR9bfvyC0MaaXGc1cpXLzFGlVNHZqrpbbzhklMY7AKyY2U7X0a_M2FEWzLDNSC_xIdA4Ylx4LH0z1KgqAq4hfojXTHBFF/s320/Homemade-Flavored-Toothpicks.jpg" width="320" /></a></div>
Há alguns anos, escrevi um poema em homenagem a uma amiga muito querida que dizia assim:</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
<span class="_4yxo _4yxp">filosofia de alcova</span></div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
sexo é bom, amor de ocasião.
depende de um contexto.
como saber se é certo ou não?
é sempre um risco, tiro no escuro.
tudo é assim na vida.
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
amar é bom. melhor é sexo com amor?
ou só diferente?
quanta gente tenta e tenta?
às vezes não somos talhados
para tal. nos conformemos.
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
sexo e amor, fazer o quê?
- desce mais uma cerveja!
ter os dois seria melhor,
entretanto, a embriaguez acaba
e não sei quem dorme a meu lado...
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
melhor esquecer o dilema.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Hoje, esta mesma amiga está casada e feliz com sua melhor amiga.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Até o momento em que escrevi o poema, ela se relacionava apenas com pessoas do sexo oposto. Então, vai saber não é mesmo, que surpresas a vida, a afetividade, o amor têm reservados para nós. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Estou aqui colocando esta discussão em pauta por causa destes aplicativos, agora muito em moda, para a gente sair do 0 x 0 nas relações afetivas de hoje em dia. Na verdade, se pode questionar como fiz no poema se o tal Tinder e outros aplicativos semelhantes, são mesmo uma resposta aos encontros na era da internet, mas não se pode negar que mais e mais pessoas se utilizam desses artifícios para conhecer parceiros de todo o tipo e para sanar as mais variadas carências. A principal delas, a carência sexual. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Sem parceiros afetivos a algum tempo, vários amigos e amigas minhas utilizam este tipo de dispositivo para tirar as teias de aranha, parar de subir pelas paredes e afogar o ganso, o que é sempre muito saudável.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Se estabelece aqui um mútuo acordo que pode ser bem prazeroso para as partes interessadas, não é mesmo? Mas por quanto tempo? Postergar indefinidamente estas relações minimalistas também não pode revelar que estamos estabelecendo relações superficiais e sem verdadeira intimidade? Frágeis relações afetivas exatamente como este tempo tão fugaz e consumista no qual vivemos hoje?</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Por outro lado, não se permitir experimentar essas relações, também pode ser uma negação do prazer, mesmo que efêmero e a não se permitir conhecer outras pessoas, até bem diferentes daquelas a que estamos acostumados. O que não deixa de ser interessante e nos faz sair de nossa zona de conforto. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Talvez o que seja importante é não negar o fato de que somos gregários. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Que relações afetivas se estabelecem e que devemos estar abertos a elas. Porque não se enganem crescemos a medida que nos relacionamos e não que nos isolamos em uma caverna. Crescemos a medida que olhamos nossos medos de frente e que podemos exercer nossa loucura e criatividade juntos, já que somos humanos e como tais eternos artesãos de nossas vidas e amores. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
<br /></div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
<br /></div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
<br /></div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-64579929363483900822017-01-25T11:02:00.001-08:002017-01-25T11:02:46.356-08:00MULHERES DIZEM "EU TE AMO"<div class="_39k5 _5s6c">
<div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Passava pela rua distraída quando ouvi: “eu te amo” e a outra pessoa respondeu sorrindo: “também te amo, vai com Deus”. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Este pequeno diálogo de despedida, que me chamou tanto a atenção, preciso dizer? Se travou entre duas mulheres. Provavelmente duas amigas que se despediam. Enquanto uma entrava em um ônibus, outra continuava seu caminho. E foi assim que me surgiu esta ideia: as mulheres dizem “eu te amo”, pra nós é muito simples. Dizemos eu te amo para uma amiga que se vai, para nossos filhos, pais e mães, amigos no geral, parentes etc. Dizemos “eu te amo” porque amamos mesmo. Talvez por isso tenhamos tantos problemas em relacionamentos com o sexo oposto. Enquanto mulheres derramam seus sentimentos com facilidade e, concordo, até de forma “descuidada”, nossos parceiros raramente se expõe. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Esses papeis sociais, estúpidos e limitantes, que definem de maneira tão cruel o papel da mulher e do homem e o comportamento de cada um é fator de desencontros e, gera uma violência absurda, além do fato de estarmos presos em uma sociedade capitalista que faz qualquer coisa para sobreviver estimulando mais violência e destruição, no favorecimento à indústria da morte e da doença, na difusão do ódio e discriminação generalizada, no incentivo aos alimentos transgênicos, no esgotamento dos recursos naturais da Terra etc.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Apesar disso tudo, sou mulher e digo “eu te amo”. De forma natural e sem qualquer vergonha. Embora agora esteja mais seletiva com meus amores, minha família querida e meus queridos amigos podem me escutar dizer mil vezes: Eu amo vocês! E eu, posso ouvir que me amam também em retorno. E não há nada melhor do que isso. Embora muitos não acreditem dizer eu te amo é sim, libertador. Experimentem! </div>
</div>
</div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-43030098752911963712016-06-24T11:30:00.002-07:002016-06-24T11:30:29.933-07:00Tempo, tempo, tempo...<div class="_39k5 _5s6c" type="serif">
<div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Segundo Einstein o tempo, como o entendemos, ele não existe. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
“A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.” </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
O passado, o presente e o futuro convivem muito bem obrigada, no mesmo espaço. O que para nós parece muito louco, afinal entendemos o tempo em compartimentos, através dos ponteiros dos relógio dizemos: o tempo passa. É como se o tempo fosse uma linha de acontecimentos vividos por nós e pela humanidade, em nossa trajetória, em nossa história. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Seria caótico perceber o tempo como uma profusão de acontecimentos simultâneos. Passado, presente e futuro se misturando no espaço nos permitiria uma consciência global dos fatos, dos seres, previsões, percepções, interconexões e nem sei mais o quê. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Para Deus, aprendemos que o tempo é o Kairós. O kairós é o momento da ação de Deus no mundo. Este é o Kairós de Deus, o momento em que ele define agir. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Para a filosofia grega, <span class="_5yi-">kairós</span> simbolizava a ideia de tempo momentâneo, uma oportunidade ou um período específico para a realização de determinada atividade, por exemplo. Kairós não era entendido como um tempo cronológico, mas sim como um momento no presente ideal para algo. Acho que isso esclarece um pouco mais sobre o assunto. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
O nosso tempo, medido em segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, chama-se cronos. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Então essa ideia de tempos convivendo me deixa absolutamente extasiada. Muda tudo, toda a concepção que tive de tempo até agora. É claro que tenho um entendimento superficial da relatividade. Uma lástima, gostaria de aprender mais. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Há uma frase do Einstein que gosto muito e acho que podemos partir daí para entender melhor tempo e espaço: “O dia está a minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma a este dia.” </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa">
Seremos isso mesmo? Escultores de nossa própria vida, tempo e espaço? Qual a chave para tudo, qual o segredo? Me apoderar de uma nova ideia pode ser apenas isso, quem sabe? Você sabe?</div>
</div>
</div>
Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-57496783216962460782016-05-06T09:02:00.001-07:002016-05-06T09:08:29.063-07:00Céu de outonoBoa hora pra falar de dores antigas, de amores distantes. Tão longínquos que você se pergunta,<br />
por quê?<br />
Talvez seja o céu de outono, ele me faz lembrar dos teus olhos distantes.<br />
Ilhas vazias dentro de mim.<br />
Tão frios e assustadores, tão familiares e acolhedores.<br />
Eu que te amei tanto, mas tanto que sempre que me lembro do quanto, eu sinto a mesma angústia de antes.<br />
De quando te vi pela primeira vez ser de outra.<br />
Quando te vi cheio de ódio pela primeira vez.<br />
Da angústia que senti quando me vi cheia do mesmo ódio, pela primeira vez. Eu que te amava tanto.<br />
Você me roubou o meu amor? Pra onde foi todo aquele amor imenso que tive?<br />
Que eu tinha em mim e que gritava pro mundo sem qualquer constrangimento?<br />
Me devolve todas as risadas, todas as minhas lágrimas, todos os meus beijos.<br />
Eu não consegui nada na mesma intensidade com ninguém mais... só no seu colo eu descansei, só com você eu me aventurei, só com você eu errei, eu acertei ou fui tudo ou nada.<br />
Mas não se preocupe (eu sei mesmo que não faço parte das suas preocupações), outonos passam e a cada outono você está um pouco menos dentro de mim.<br />
Até que não reste mais nada do teu azul, nada da tua voz, nada da tua presença, das tuas verdades perfeitas ou das tuas certezas.<br />
Até que não reste mais vestígios teus em mim ou na paisagem.<br />
Porque de verdade ainda tenho meus dois braços e minhas pernas e nada me foi amputado.<br />
Eu ainda estou aqui para mim e para a vida que eu escolhi.<br />
E é certo que eu não te amo mais. Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-28714092414724921512015-08-29T09:54:00.001-07:002015-08-29T09:56:25.174-07:00Causos do Cotidiano de Copacabana III Copacabana tem seus tipos folclóricos.<br />
<br />
Outro dia, peguei um taxi para casa e o taxista me perguntou pra onde? Bastou falar que ia para Prado Júnior, pro cara puxar assunto. Mora em Copacabana há muito tempo? Conheceu fulano? E beltrano? E ficamos lá nos lembrando das figuraças que conhecemos na adolescência: o mendigo "éter", o cara que se vestia todo de branco, inclusive usava um turbante e vinha pra praia, num calor de 40º, vender comida árabe, o gago, Clóvis Bornay, um universo de jogadores de futebol que frequentavam Copacabana e o seu Zé das Medalhas.<br />
<br />
O Zé das Medalhas, na verdade Altair Domiciano Gomes, era figura emblemática do bairro. Coberto de colares com medalhas de todos os tipos e tamanhos, os dedos cheios de aneis e os braços repletos de pulseiras. Uma pesada Carmen Miranda ou uma Carmen Miranda da pesada!<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4xRXgPvj9pkbplFgdHBmNnwdRCV34K1MbgrCS-zcrNBlH94kIUxqOeKjy3uDsbrp4673vNL00HZlLr5nB4YwXPuwrRRzqA0Pm9HYlGPngEX0kUZwyw2MuoB5awXoc9tNnLiEludcGpYsL/s1600/medalhas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4xRXgPvj9pkbplFgdHBmNnwdRCV34K1MbgrCS-zcrNBlH94kIUxqOeKjy3uDsbrp4673vNL00HZlLr5nB4YwXPuwrRRzqA0Pm9HYlGPngEX0kUZwyw2MuoB5awXoc9tNnLiEludcGpYsL/s200/medalhas.jpg" width="200" /></a>O Zé era figura respeitadíssima entre todos, inclusive entre as crianças. Era quase uma entidade, um orixá.<br />
<br />
Ele era um negro enorme, uma figura majestosa com todos os seus badulaques.<br />
<br />
Trabalhava na Farmácia do Leme, estabelecimento na Rua Prado Jùnior, vulgo PJ, famosa pelas prostitutas e travestis e seus pontos habituais, boates e afins. Naquele tempo, se não me engano, era a única farmácia e já ficava aberta 24 horas.<br />
<br />
Toda aquela área pertencia a boêmia carioca e o Zé era famoso no pedaço e se sentia em casa.<br />
<br />
Na década de 80, casei, mudei e fui morar em outro Estado. Quando voltei ainda cheguei a rever o Zé, já meio grisalho, entretanto, soube tempos depois que ele havia tido um AVC e já não estava mais trabalhando.<br />
<br />
Sumiu o Zé das Medalhas, que com sua elegância exuberante, emprestava toda esta singularidade a Copacabana.<br />
<br />
Mas saiba Zé que no nosso imaginário você ainda passeia pelas ruas de Copa. Ou ainda te vemos parado na porta da farmácia com toda a sua simpatia, "causando", como você sempre gostou de fazer.Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-6071115038969292472015-07-06T20:09:00.000-07:002015-07-06T20:09:04.342-07:00Causos do cotidiano de Copacabana IIEste foi logo na primeira semana do outono, onde logo cedo parti para caminhar no calçadão.<br />
<br />
Tinha atravessado a Barata Ribeiro, quando me deparei com aquela cena inusitada: uma mulher trôpega, totalmente embriagada, gritava no celular - Eu só queria fazer você feliz, eu só queria fazer você feliz!<br />
<br />
Se a pobre não estivesse tão bêbada eu a teria parado imediatamente.<br />
<br />
- Peraí, desliga já este celular! Que história é essa de eu só queria fazer você feliz? Pode parar. Então é assim, o outro se enche de si mesmo enquanto você fica totalmente vazia de si mesma? Prestou atenção? Está se ouvindo? Cadê a autoestima filha?<br />
<br />
Me deu uma vontade danada de sacudir a pessoa.<br />
<br />
Mas a criatura estava pra lá de Marrakech, sem chance de ser situada na vida.<br />
<br />
Na hora que a gente leva um pé na bunda vale tudo, rodar a baiana, descer do salto, chutar o pau da barraca e tudo mais que se tem direito, mas depois, sem essa de se humilhar, de por o outro num lugar que a gente inventa. E dá pra dizer tudo isso porque eu já fiz essas besteiras então, falo de cadeira.<br />
<br />
Esta coisa de amar demais, de se apaixonar e se rasgar toda, é legal só em bolero.<br />
<br />
E isso vale pra todo mundo, porque todo mundo é humano e muitas vezes carente ou sofrido e ainda acredita que a sua felicidade<b><i> está sempre no outro.</i></b><br />
<br />
Eu já disse e repito, em Copacabana há muitas histórias, eu presto atenção a todas elas. São todas tão humanas e doidas que sempre parece natural que elas aconteçam aqui, nesta Copabacana.<br />
<br />Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4572550623295865552.post-69089070652301783092015-07-06T19:45:00.000-07:002015-07-06T19:45:04.949-07:00Causos do cotidiano de Copacabana IHoje tive que acordar cedo. Precisava postar o meu livro para uma amiga poeta de Pernambuco.<br />
<br />
Então me arrumei e parti para papelaria, sempre envio meus livros em um envelope especial, forrado com plástico bolha em seu interior.<br />
<br />
Estava eu na papelaria, minha favorita na Nossa Senhora de Copacabana, pertinho de casa, escolhendo o meu envelope quando de repente me entra um sujeito alto e interessante (o que significa um cara pegável, mas não bonito), se aproxima da moça do caixa e inicia o seguinte diálogo:<br />
<br />
- Eu trouxe esta caneta pra você. (Imediatamente ambos se tornaram o foco de todas as atenções!)<br />
e ele continua: Era do meu irmão, quer dizer meu irmão tinha um negócio, eu acho que ele ainda tem. (faz uma pausa pensativo!) e engata... Um negócio de família, que passou de pai para filho, sacou? Bem, de qualquer forma eu deixo a caneta com você.<br />
<br />
E aí, girou nos calcanhares e saiu da loja.<br />
<br />
Por alguns segundos todos ficaram se olhando em silêncio, até que a moça do caixa, incrédula e com a caneta na mão perguntou:<br />
<br />
- Alguém entendeu alguma coisa?<br />
<br />
Aí a risada foi generalizada e cada um dos presentes deu sua opinião sobre o "inusitado".<br />
<br />
É claro que eu também aproveitei pra dar o meu pitaco. Porque na minha opinião o rapaz meio sem jeito ou do jeitão lá dele, só estava mesmo querendo chegar na moça do caixa.<br />
<br />
De qualquer forma, eu sempre fico com a impressão que essas coisas só acontecem aqui (ou ainda acontecem aqui), neste começo de tudo que é Copacabana, não é não?Cynthia Lopeshttp://www.blogger.com/profile/12279569641378188727noreply@blogger.com0