sábado, 7 de junho de 2008

SEXTA-FEIRA, 13








Toda a quinta-feira, 12 precede uma sexta-feira, 13.
Isto parece óbvio? Entretanto, nas quintas-feiras, coincidentemente, dias 12, temos nas diversas mídias: entrevistas com populares, consulta aos ocultistas, esotéricos, pais-de-santo etc, empenhados em manter místicas as sextas-feiras, 13.
Enfim, dias como estes são marcados pela sorte ou pelo azar? Existe a sorte ou o azar?
Esta temática tão profunda quanto fundamental para a existência do humano universo, demonstra, de forma cabal, que toda a sexta-feira, 13 é um dia canhestro mesmo, se não vejamos:
Primeiramente, temos que aturar essa invariável excitação e exacerbação da mídia em todos os meses que tal coincidência se faz presente;
Em segundo lugar, temos que suportar as produções cinematográficas boçais sobre o tema. Vide a película (de nome sugestivo!), “Sexta-feira 13”, que vendeu (e ainda vende) uma série interminável de JAISONS e filmes trashes do gênero.
As mesmas cenas se repetem ano após ano, no entanto, algo em mim, neste ano da graça de 2007, despertou para este fato, tão absurdo, a ponto de fazer com que escreva esta crônica. Talvez o acúmulo ou o vazio do conteúdo deste tipo de matérias, sei lá eu!
Sei que como em todos os outros dias, nas sextas-feiras 13, as pessoas acordam, tomam café, o seu banho, se vestem, dão um beijo no cachorro e vão para o trabalho, escola, curso ou o que quer que seja.
A noite voltam cansadas, atiram as roupas pelo chão da casa, tomam banho, comem, dão uns beijos na boca (nem que seja do cachorro), dormem e no dia seguinte: É SÁBADO!
Tudo construído independente daquilo que está fora de nós, como a sorte ou o azar.
No máximo, o que podemos concluir, e sobre o número 13, é: sorte do Zagallo, azar do João Saldanha e fim de causo.