quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A dor do outro...





COMPAIXÃO, segundo o dicionário MICHAELIS (UOL), significa: dor que nos causa o mal alheio.

Em todas as línguas derivadas do latim, a palavra compaixão forma-se com o prefixo «com» e a raiz «passio» que, na sua origem, significa sofrimento. Nas línguas derivadas do latim, a palavra compaixão significa que ninguém pode ficar indiferente ao sofrimento de outrem (Milan Kundera in A Insustentável Leveza do Ser 1ª parte – cap.9). Texto retirado do blog: http://maktubee.blogspot.com/2005/11/compaixo.html.

Na verdade, toda vez que escuto esta palavra, me vem a mente um conceito simples, com+paixão, a simples capacidade de se colocar no lugar do outro e poder sentir sua dor. Talvez não apenas dor, mas ser capaz de se por no lugar do outro, simplesmente.

Eu não vejo qualquer sentido nas guerras, a não ser a cobiça, a ganância, a arrogância, muito bem temperada pelo sadismo. E, vejo assim qualquer guerra!

Hay guerra, soy contra!!!!!

O que quero comentar aqui diretamente é a guerra entre judeus e palestinos, numa perspectiva pessoal e jornalística, aproveitando as matérias de outros blogs para ilustrar e aprofundar minhas idéias.

Não se trata de dizer ou definir - os judeus são maus e os palestinos são bons, pelo simples motivo que isto não existe! Por quê? Tomo a liberdade de reproduzir aqui versículos da Bíblia:

Romanos 3: 9-18

9 Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;

10 como está escrito: Não há justo, nem sequer um.

11 Não há quem entenda; não há quem busque a Deus.

12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.

13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios;

14 a sua boca está cheia de maldição e amargura.

15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.

16 Nos seus caminhos há destruição e miséria;

17 e não conheceram o caminho da paz.

18 Não há temor de Deus diante dos seus olhos.

Os versículos reproduzidos acima nos dão conta de que somos todos iguais, que existimos pela Graça do Pai, somente, e como toda a Graça, trata-se de benção "imerecida", já que estamos todos no mesmo barco.

Assim resta-me concluir com a matéria abaixo reproduzida do blog http://marcelonettorodrigues.blogspot.com/, onde o historiador Christian Karam, especialista no conflito palestino-israelense, explica em entrevista, a situação daqueles países.

De Marcelo Netto Rodrigues, redação do jornal Brasil de Fato.

O historiador Christian Karam recupera o processo de formação do Estado hebreu e diz que o Hezbollah tem apoio massivo de grupos sociais libaneses historicamente marginalizados pela elite burguesa-liberal de Beirute.
Em entrevista, o historiador Christian Karam, estudioso da História do Islã, do Oriente Médio e do conflito palestino-israelense traça um raio-x cronológico sobre a origem do "Estado de Israel" e suas profundas implicações.
Karam explica que, apesar de outras regiões terem sido cogitadas para a instalação do "Estado de Israel", em fins do século 19 – como Uganda (na África Oriental) e a Bacia do Rio da Prata – , a região da Palestina Otomana acabou se sobressaindo das demais em virtude principalmente das migrações massivas, a partir de 1917, incentivadas pelo governo britânico – que "via com bons olhos" imperialistas a criação de um "lar nacional judaico" na Palestina histórica (de maioria populacional árabe e islâmica).
Karam é formado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) onde, durante a graduação, concentrou e aprofundou seus estudos acerca da História do Islã, do Oriente Médio e do conflito palestino-israelense. Além de possuir experiência em pesquisa acadêmica nessa área, foi conferencista e professor de cursos sobre a História do Islã e do Oriente Médio na Colômbia. No Brasil, já atuou como palestrante, participou de debates e entrevistas no rádio e na televisão e escreveu artigos sobre tais temas. Atualmente, finaliza uma temporada de cursos e palestras sobre a História do Islã e do Oriente Médio e a História do Brasil em Bogotá e dedica-se ao curso de Mestrado em História Social na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Sobre o desenrolar do conflito atual, Karam acredita que "a maioria dos governos dos países ocidentais que pertencem ao que, numa linguagem marxista, chamamos de "centro do sistema capitalista" (como o G-7, a Rússia e a Austrália), e também seus aliados da periferia, respaldará claramente Israel ou, em alguns poucos casos, levantará a bandeira da "paz" – conceito que, esvaziado de seu real sentido e propósito, tornou-se uma espécie de "moda pós-moderna politicamente correta" das relações internacionais".
Porém, duvida "da adoção de medidas e sanções concretas contra o uso desproporcionado e ilegal da força militar por parte de Israel ao atacar a Faixa de Gaza e o Líbano nessas últimas semanas". Para Karam, o massivo apoio interno que o Hezbollah tem recebido advém de "grupos sociais libaneses historicamente marginalizados (operários, classes médias urbanas e camponeses de maioria xiita) pela elite burguesa-liberal tanto cristã como muçulmana sunita de Beirute e das principais cidades do país".

Brasil de Fato – O senhor poderia nos fazer um resumo sobre a origem do "Estado de Israel".
Christian Karam– O termo "sionismo" foi criado em 1885 pelo escritor judeu-austríaco Nathan Birnbaum como uma alusão a "Sion", um dos nomes bíblicos de Jerusalém (Al-Quds para os árabes e muçulmanos). Nessa época, "sionismo" basicamente significava uma resposta ao problema nacional judeu que advinha de dois principais fatos: da dispersão judaica em vários países e regiões do mundo; e da sua constituição, em cada um desses países, como uma minoria populacional, onde inclusive muitos judeus eram perseguidos, como era o caso da Europa anti-semita do século 19. Assim, a solução sionista pretendia acabar com essa situação, através do retorno a "Sion" (que hoje, conhecemos como um fenômeno histórico idealizado e concebido como o mito de origem fundador do nacionalismo judeu moderno), onde conformariam uma maioria populacional e uma entidade político-estatal independente. Assim, é nesse espectro que surge o sionismo político internacional fundado pelo jornalista judeu-húngaro Theodor Herzl (1860-1904) na Europa em fins do século 19 como um movimento nacionalista preponderantemente laico e secular que visava à fundação de um Estado nacional judaico. Para Herzl, o "problema judaico" (abordado no seu livro "O Estado judeu", de 1896) não se resolveria através da assimilação a outras sociedades ou países, e nem era de origem econômica, social ou religiosa, mas sim nacional. Com isso, Herzl via como única solução possível o abandono da diáspora pelos judeus para a conquista de um território sobre o qual exerceriam uma soberania para organizar e estabelecer o seu próprio estado nacional.
BF – A história que uma região na África havia sido especulada para receber os judeus pós-guerra confere?
Karam– Em fins do século 19, os sionistas haviam proposto a colonização judaica da Palestina Otomana, apesar de terem cogitado outras regiões, como Uganda (na África Oriental) e a Bacia do Rio da Prata. Assim, se em algum momento entre os dois "pós-guerras" (1918 ou 1945) especulou-se sobre outra região que não a Palestina para a imigração e colonização judaicas com vistas à formação de um Estado hebreu, isso foi em vão e sem sentido, pois, antes desses dois períodos históricos, a decisão pela Palestina já havia sido tomada e as migrações massivas já haviam iniciado, principalmente a partir de 1917, quando a Declaração Balfour britânica "via com bons olhos" a criação de um "lar nacional judaico" na Palestina histórica (de maioria populacional árabe e islâmica). Isso denota o claro apoio colonial e imperialista inglês à causa nacional sionista que, entre outros atores (como a ONU), determinou a partilha da Palestina entre um Estado árabe e outro judeu em 1947 e a criação do Estado de Israel em 1948.
BF - Como se portam os judeus não-sionistas? Li que eles criticam a criação do Estado de Israel por ter se baseado num conceito de "raça" – assim como os nazistas caracterizavam os judeus. O senhor poderia explicar isso melhor?
Karam – Creio que hoje em dia é um pouco difícil falar em "judeus não-sionistas", porque o conceito político-nacional "sionista", devido aos próprios fatos e processos históricos que experimentou ao longo do século 20, é hoje considerado quase como sinônimo de "conservadorismo" ou de uma "ideologia de direita e reacionária", e acabou por abarcar, em linhas gerais, o termo étnico-cultural (e religioso) "judeu". Assim, atualmente seria um pouco complicado separar um do outro, e dizer que há "sionistas" e que há "judeus" que não seriam sionistas.
Porém, historicamente isso não ocorreu assim. Como vimos, a principal corrente do sionismo (a "trabalhista", que se opunha à "revisionista", de direita) nasceu de um pensamento laico e secular e de uma ideologia com matizes político-filosóficos marxistas que, inclusive, não dava quase importância ao Judaísmo como tal e era contrário à via armada, opção defendida pelos revisionistas para a conquista territorial e a fundação de um Estado. O que ocorreu foi que a corrente "revisionista" de direita quase que sequestrou os ideais e a estratégia de ação dos pais fundadores do sionismo da primeira metade do século 20 após a criação do Estado de Israel em 1948 (para alguns, até antes, nos anos 1930-40, quando vemos o endurecimento da investida sionista na Palestina, cuja retaliação foi a revolta árabe-palestina de 1936-39) e, principalmente, depois da Guerra dos Seis Dias de 1967, fenômeno que se alastra até hoje. Isso não significa que atualmente não exista todo um espectro político-ideológico progressista e de esquerda em Israel (embora enfraquecido), que é pacifista e pró-palestinos, mas que não deixa de ser também "sionista", se considerarmos esse termo na sua acepção original e histórica.
BF – Mas quem seriam os judeus não-sionistas de hoje?
Karam– Se formos considerar o que tu chamas de "judeu não-sionista", acredito que essa expressão então deveria ser entendida como equivalente aos atuais judeus de esquerda e pacifistas. Ademais, devemos assinalar que os chamados "judeus ortodoxos", que na acepção atual seriam o melhor exemplo de "sionistas", são, paradoxalmente, contrários à própria existência do Estado de Israel, justamente porque ele é fruto de um projeto laico e secular, que não teria aguardado o regresso do Messias, o único encarregado de realizar tal façanha segundo a chamada visão "fundamentalista" judaica.
BF – Desde a criação do Estado de Israel, quais territórios principais eles ocuparam? Quando falamos em Palestina, devemos considerar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia juntas e só isso?
Karam – Segundo a partilha da Palestina histórica, proposta e aprovada pela ONU, o Estado árabe deveria ficar com aproximadamente 43% do território, enquanto que, ao Estado judeu-sionista, competiria controlar 56%. Os restantes 1%, Jerusalém, seriam colocados sob um mandato internacional administrado pela ONU. Essa divisão respeitava muito pouco dois fatores essenciais – a ocupação das terras e a maioria populacional – pois a maioria do território seria controlada por uma minoria judaica (30%). Segundo o estudioso Henri Cattan, os sionistas "não respeitaram nem antes nem depois os limites fixados pela resolução de partilha da ONU", pois, antes da fundação de Israel e da primeira guerra árabe-israelense, os judeus, através de sua superioridade econômica e militar (e paramilitar das milícias de direita), já tinham comprado 6% das terras e invadido a maior parte delas, expulsando a população civil árabe-palestina. Assim, após a primeira guerra árabe-israelense de 1948-49, a ocupação sionista da Palestina havia ascendido a mais de 70% do território, deixando aos árabes as piores terras de cultivo para sobreviver. Após a Guerra dos Seis Dias de 1967, quando Israel conquista a Cisjordânia à Jordânia, a Faixa de Gaza e a Península do Sinai (esta seria devolvida depois) ao Egito e as colinas de Golã à Síria, aprofunda-se ainda mais o fenômeno da "direitização" e militarização do sionismo, pois, segundo o historiador israelense Shlomo Ben-Ami, "o sionismo se redefinia perigosamente (...) devido ao encontro dos israelenses com as ‘terras bíblicas’ da Judéia e Samaria (...)", numa alusão à perda de legitimidade histórica e política de Israel em manter os territórios ocupados, situação que persiste na Cisjordânia, Faixa de Gaza e nas colinas de Golã, o que hoje representa quase 80% do território da Palestina histórica sob controle e administração israelense. Assim, aquilo que os palestinos hoje reivindicam para constituir seu Estado soberano nada mais é do que 20% das terras originais do mandato britânico, um valor bem menor do que os 43% do plano de partilha de 1947.
BF – O objetivo de Israel é derrubar o governo do Hamas?
Karam – Eu diria que, a curto prazo, o objetivo de Israel é enfraquecer o democraticamente eleito e, portanto, legítimo governo palestino do Hamas, para talvez tentar conduzi-lo à queda a médio e longo prazos. O problema é que o próprio Estado de Israel e a política externa dos EUA são culpados pela eleição do Hamas ao terem debilitado politicamente e atacado (inclusive militarmente) as instituições do governo anterior da al-Fatah de Arafat, facção centrista da OLP, que também vinha sofrendo um desgaste interno e enfrentando acusações de corrupção, principalmente por parte dos integristas islâmicos e da esquerda palestina, que ainda não teve a oportunidade de governar. Diz-se que o atual dilema norte-americano e de seu aliado israelense na região é ter de escolher entre governos civis laicos esquerdistas (às vezes não tão democráticos) e um islamismo político religioso e reacionário (e às vezes democrático), este tendo constituído um fenômeno em grande medida apoiado e difundido pelos EUA e por Israel durante a Guerra Fria, mas que jamais poderiam imaginar que se voltaria contra eles e que chegaria ao poder.
BF – O assassinato do primeiro-ministro libanês, pró-EUA, Hariri pode ser considerado o início de tudo?
Karam – Não. O assassinato do ex-primeiro-ministro libanês representa mais um fato de todo esse processo que envolve a causa palestina e a ocupação israelense de terras árabes e a ressonância e influência que ambas vêm tendo na região nas últimas décadas. Esse é o caso da ramificação sírio-libanesa do conflito, em que o Hezbollah libanês pró-sírio e apoiado pelo Irã tem obtido, no âmbito político-social, um massivo apoio interno de grupos sociais libaneses historicamente marginalizados (operários, classes médias urbanas e camponeses de maioria xiita) pela elite burguesa-liberal tanto cristã (notadamente maronita) como muçulmana sunita de Beirute e das principais cidades do país. Externamente, o Hezbollah constituiu-se, para as massas árabes e muçulmanas, como o grande vencedor ao infligir, após 18 anos de enfrentamentos, uma derrota a Israel (que, em 2000, retirou suas tropas ocupantes da então chamada "zona de segurança" do sul do Líbano). Assim, o Hezbollah e outros grupos guerrilheiros e de resistência (alguns fundamentalistas, outros não) e os próprios países do Oriente Médio (Líbano, Síria, Irã, etc.) que representem um projeto político-econômico oposto ou que sejam simplesmente uma voz dissonante em relação à política externa norte-americana (e de seu quase Estado-vassalo, Israel) são e serão considerados como parte de um plano mais amplo de reestruturação geopolítica, econômica e militar, que já vem ocorrendo no Oriente Médio e na Ásia Central, como é o caso do Iraque e do Afeganistão, e cujo objetivo é impor a "" à região de acordo com as normas do "" neoconservador de Washington.
BF – E o islamismo nisso tudo? A união das correntes deve perdurar até quando?
Karam – Nos casos específicos do Hezbollah libanês e do Hamas palestino não penso que possamos formalmente falar de uma "união das correntes". O que há é uma espécie de solidariedade e apoio indireto mútuo entre esses grupos, mesmo porque o islamismo político do Hamas difere daquele do Hezbollah (por exemplo, este grupo é xiita e, aquele, sunita). Porém, uma semelhança estratégica da luta de ambos que poderíamos apontar, como o faz o especialista no tema, o francês Olivier Roy, seria a incorporação da defesa de um nacionalismo árabe e/ou islâmico ao discurso islamista/fundamentalista do Hamas e do Hezbollah, numa alusão meramente tática (mas não de uma ideologia marxista ou comunista) ao que propunham ou faziam os nacionalismos das esquerdas pan-árabes e socialistas dos anos 1950-70, os reais grandes perdedores dessa verdadeira "batalha" político-ideológica e sócio-econômica pelo controle do poder estatal no Oriente Médio e nos países árabes nos últimos 30 anos.
BF – Como os governantes do mundo ocidental vão se posicionar se a guerra adquirir contornos mais dramáticos? Quem seriam os "Aliados" e o "Eixo" de uma terceira guerra?
Karam– Ora, a maioria dos governos dos países ocidentais que pertencem ao que, numa linguagem marxista, chamamos de "centro do sistema capitalista" (como o G-7, a Rússia e a Austrália), e também seus aliados da periferia desse sistema (alguns países da Europa Oriental, América Latina, Ásia Oriental, África Subsaariana e do próprio Oriente Médio) respalda e respaldará claramente Israel ou, em alguns poucos casos, até criticará Israel e levantará a bandeira da "paz", conceito que, esvaziado de seu real sentido e propósito, tornou-se uma espécie de "moda pós-moderna politicamente correta" das relações internacionais. Porém, duvido muito da adoção de medidas e sanções concretas contra o uso desproporcionado e ilegal da força militar por parte de Israel ao atacar a Faixa de Gaza e o Líbano nessas últimas duas semanas. Não acredito na propagação do conflito para além das fronteiras do Oriente Médio de uma guerra que, na verdade, é até sub-regional (o que não envolveria o Irã), porque já há outras duas frentes de batalhas na área (Iraque e Afeganistão), mas principalmente porque o que Israel está fazendo é servir a sua potência protetora e financiadora ao pôr em prática o projeto geopolítico republicano da administração Bush dirigido a reorganizar as forças políticas do Oriente Médio, ainda que, neste caso, seu alcance e objetivo sejam, pelo menos num primeiro momento, de nível sub-regional (Palestina, Líbano e, indiretamente, Síria).


Expansão das fronteiras de Israel:


O Estado de Israel, que completa 60 anos neste mês de maio, teve suas fronteiras definidas a partir de várias guerras com países vizinhos. Em 1947, o plano de partilha da ONU (Organização das Nações Unidas) previa a divisão do território em dois Estados, um de Israel e um palestino. Em 1949, Israel vence a primeira guerra árabe-israelense e expande fronteiras. Modificações também aconteceram em 1967 e nos últimos anos.
























Referência bibliográfica: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u400289.shtml

domingo, 8 de fevereiro de 2009

CRER

Hoje é domingo, para mim,
dia do Senhor, assim quero
expressar minha opinião
tornando o verbo CRER bem
claro em minha vida:







Acreditar naquilo
que não podemos ver:
FÉ. Verbo, expressão
da ação de Deus em nós.

- Haja cruz!

Só então a luz se fez do
NADA. Ato da criação,
da verdade, beleza,
palavra. Através
do amor do Pai, da entrega
do Filho, para que
do Alto nos fosse dado
o Poder, o consolo,
do Espírito Santo.
Renovada a Aliança
nascemos novamente
na esperança de estarmos
um dia, face a face.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tudo misturado

Pois é, tudo misturado porque não são poucos os assuntos.
É o crack no Rio de Janeiro formando crianças "interrompidas", as crianças mais pobres e usadas pelo tráfico nosso de todo dia. Sim, por que não se explica como esta corja sobrevive à política de idas e vindas da polícia nos morros da cidade.
Será por ser este um mercado tão lucrativo? Será por isso que tem muita gente graúda neste meio disfaçando uma ação para a população?
As pessoas são pesadas como mercadorias. É verdade, o capital faz isto e não há novidade. Novo só mesmo o silêncio. Ah, o silêncio! Estamos tão calados...
Há um medo suspenso no ar, que me lembra muito uma triste história que vivemos por décadas de ditaduras espalhadas pelo mundo.
E ainda insistimos em justificar as guerras. GUERRAS NÃO TEM SENTIDO ALGUM!
Matamos o nosso próximo e dizemos: é por nosso Deus, por motivos puramente religiosos. MENTIRA!
Fazem isto porque o outro é mercadoria, é coisa.
Estava lendo a Bíblia (nisto também não há nada de novo, pois leio a Palavras todos os dias), e me deparei com Ezequiel 7:25-26. Diz mais ou menos assim, eles procurarão a paz, mas não há paz; só miséria sobre miséria. Decorem este trecho, leiam em voz alta, nossas escolhas implicam em consequencias.
Sei que muitos não compartilham da minha fé, mas vocês procuram a paz? Vocês a encontram em seus corações? O que há no mundo para ver?
As coisas estão tortas, as relações são superfícies finas...
Tudo pronto para ser quebrado, derrotado; nosso trabalho é um peso enorme, nossos filhos, estes nem conhecemos. Não desejo ideologias para viver.
Desejo a verdade! O que meu coração testemunha como verdade em mim.
E por isso procuro a paz; não esta paz da propaganda política, mas aquele que é a PAZ.
Falo do Cristo sim... falo daquele que me acolheu e me separou, como a muitos.
Falo do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Falo da verdadeira paz, da verdadeira alegria, que surge de dentro para fora de nós, no encontro.
Que Deus dê olhos para que todos vejam e ouvidos que o ouçam e corações flexíveis, para que neles seu Santo Espírito possa soprar docemente.
A paz, não a temos no mundo.
Um dia toda esta prata e todo este ouro acumulado não mais servirão para nada.
Por quê? Porque estaremos diante de Deus e, este Deus é Criador, dele são todas as coisas. Porque Ele lê os corações, e você não tem com que regatiar, todos iremos a Deus em igualdade de condições, todos de mãos vazias.