terça-feira, 9 de novembro de 2010

Certas coisas na vida...


A vida, por vezes, nos prega cada peça...
Estou agora numa fase em que estou reencontrando, revendo, amigos de muito tempo.
Sério, gente que eu estava doida para achar ou pessoas que a vida fez com que, novamente, atravessassem o meu caminho.
Por acaso, sempre por acaso, nunca por acaso!
Inclusive, antigos amores. Diante de tantas redescobertas, parei diante destes versos da música do Kid Abelha - Nada sei, que escutei no rádio antes de vir trabalhar:

Nada sei desse mar
Nado sem saber
De seus peixes, suas perdas
De seu não respirar...

Nesse mar, os segundos
Insistem em naufragar
Esse mar me seduz
Mas é só prá me afogar...

Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto o tempo me deixar
Errando
Enquanto o tempo me deixar...

Nossa, foi como voltar no tempo, para me lembrar dele: do meu primeiro e único amor.
(a distância tem destas coisas, faz a gente lembrar só de que é bom, principalmente, quando não se tem ninguém interessante em vista)
Na verdade, não é nada tão dramático assim, é só amor (e, é claro, a idade contribui muito para este tipo de recordação!), o fato de ser amor por si só não deveria ser complicado, entretanto, hoje, falar de amor pode bem ser considerado uma heresia.
Mas eu amei, se fui amada, eu nem sei e importa? Talvez, na época. Hoje, não mais. Hoje importa ter amado tanto.
Fui tonta, tive vertigens, tive ciúmes, quase morri com toda aquela intensidade.
Fui boba, fui "Maria", fui "Amélia", fui "Gilda", fui eu mesma.
Fui garota, menina, mulher, esposa.
Fui traída e adoeci.
Dei a cara a tapa e me dei mal, mas renasci, RECRIEI e hoje estou aqui, inteiraça!
Procurei por ele na parafernália da internet e o encontrei. O mesmo olhar, o mesmo sorriso... pensei até em salvar a fotografia, mas desisti. Fechei a telinha e fui trabalhar, afinal, eu ganho é para isto.