segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ato obsceno

Hoje saí de casa, invariavelmente atrasada.

Ainda bem que o vestido já estava passado, sapato escolhido e
bolsas organizadas. Foi só tomar um bom banho frio e logo em
seguida voltar a suar no calor de 40º que já fazia às 08:30 h ( e
estamos em horário de verão!). Eu como o pão me vestindo, enquanto a água pro cafezinho esquenta no fogão.

Caramba, ando mesmo bagunceira.

Tudo pronto, tirar os aparelhos das tomadas, tomar café, e desligar o gás. Ah, botar o lixo pra fora. Esqueci o batom. Tudo bem, depois eu ponho. Esqueci o perfume. Nem pensar. Da porta eu volto, sem perfume eu não saio de casa.

Tudo pronto, fechar a porta e partir para o novo dia.

Quando chego na portaria do prédio e abro a porta... lá estão eles: os pares de olhos castanhos mais cristalinos e lindos que eu já vi. E olhavam para mim como se fosse amor a primeira vista, aqueles olhos tão meigos e cheios de carinho.

Foi impactante! Saí às gargalhadas dali. Minha alma gêmea, um imenso rottweiler que olhava para mim com seus olhos bovinos, digo caninos, enquanto fazia chichi no gelo baiano colocado estrategicamente em frente ao portão do meu prédio, vai saber por quem.

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