quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Amores que nunca se perdem

Fui, na hora do almoço, passear no parque perto do meu trabalho, curtir um pouco de sombra, brisa e água fresca.
Máquina fotográfica em punho, fotos de muito verde e céu azul, das crianças e suas interações com os patos, gansos e outras entidades, velhos, passantes e... namorados, nos bancos, aos beijos, no colo um do outro, namorados de todas as idades.
Mas agora eu quero falar dos casais jovens, do casal adolescente que me fez lembrar de um casal de namorados que conheci numa escola técnica em que trabalhei.
Jamais os esqueci. Não porque eles se parecessem tanto um com o outro, ambos de cabelos lisos e grandes, na altura da cintura ou porque usassem esmalte preto nas unhas, coisa de meninos e meninas roqueiras, tinham praticamente a mesma altura, ele magrinho, ela também e quando se beijavam pareciam uma mesma e única escultura de carne.
O legal é que os dois viviam grudados e cercados de amigos!
Não se via um sem o outro e eles cagavam para o que se dizia deles. E como falavam. Eu era das poucas pessoas que não criticava o comportamento do casalzinho, pelo contrário, achava lindo. Eles pareciam tão íntimos, amigos, irmanados. É claro que não ia durar muito. Afinal, a humanidade infeliz e frustrada, não perdoa a inocência e o amor.
Depois de meses de felicidade e cumplicidade, soube, no final do ano, que ela havia se mudado com a família para outro estado e o menino tinha ficado no Rio.
Foi muito triste ver os olhos perdidos do guri sentado, sozinho, no mesmo banco, por dias, parecendo não avistar horizonte próximo.
Legal é saber que mesmo que a gente se rasgue, corte os pulsos, morra de dor, pouca gente vive amores assim, e que estes vivem em nossos corações e peles para sempre (e isso não há quem nos tire, quem um dia já pode sentir o mesmo, heim?).

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