sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Revelação


Através do telescópio, Ana Flor, pode vê-la: sua alma caminhava pela superfície clara da lua, solitária. Será que sobreviveria a toda esta catástrofe?

Seus olhos se voltaram para as janelas estilhaçadas, era óbvio que a luta continuava sendo travada, entretanto, em Ana já não residia esperança, não neste mundo. Esperava, isto sim, que a qualquer momento, um clarão de ódio selasse o destino de todos.

Não importa, sua alma livre vaga por outros mundos agora, se tudo der certo, se agrupará a outras almas livres, que serão tragadas pelo Espírito de Deus e formarão então uma nova matriz. 

Longe desta miséria talvez possam recriar o caos do amor e da beleza, caldo primordial do Universo. 

Morre a casca fica a célula do ovo

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