terça-feira, 15 de abril de 2008

Entre o nada e a utopia absoluta

Ah, estas enquetes que a gente pode fazer em nossos blogs são sensacionais, fiz uma. A chamada ou a pergunta ou a indagação era a seguinte: Existe algum sistema de governo que promova "justiça social"???
Apesar de uma votação inexpressiva, somente três pessoas votaram efetivamente e ainda votaram NENHUM, não existe qualquer possibilidade de um governo, socialista, democrático, comunista, anarquista e os “istas” que lembrarmos promover “Justiça Social”, resolvi retomar a discussão a partir dos comentários feitos por meus companheiros de outros blogs!
Primeiro os conceitos, por mim utilizados:
1. governo - ao conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre a sociedade.
2. justiça social – bom segundo minha concepção, significa mais do que igualdade de oportunidades, significa distribuição igualitária das riquezas acumuladas socialmente.
Bom pode haver contestações sobre os conceitos aqui usados, ótimo! Por favor então quando fizerem os comentários, justifiquem seus conceitos.
Longe de mim esgotar o assunto aqui proposto, entretanto, se fizermos uma rápida retrospectiva histórica, percebemos de maneira ainda que superficial que todos os governos conhecidos se fundamentaram na exploração de extratos sociais por outros, que controlavam politicamente os instrumentos de dominação do Estado.
Podemos entender a história dos homens como uma história de lutas entre os que detém o poder econômico e político e àqueles a quem estes subjugam.
Hoje, as sociedades se constroem de alguma outra forma, em sua essência? Isto significa que não existe esperança? Significa que pode existir alguma forma de governo que promova efetiva “justiça social”?
1. Não vejo na história sociedades construídas sem dominados x dominadores;
2. Quero aqui resgatar uma frase do texto “El rescate de la utopía”, publicado no blog http://txanbapayes.blogspot.com/, da autoria de Leonardo Boff:
Jesús es el «novísimo Adán», en expresión de san Pablo, el homo absconditus ahora revelado. Pero él es sólo el primero entre muchos hermanos y hermanas; nosotros le seguiremos, completa san Pablo.
Anunciar tal esperanza en el actual contexto sombrío del mundo no es irrelevante. Transforma la eventual tragedia de la Tierra y de la Humanidad, debida a amenazas sociales y ecológicas, en una crisis purificadora. Vamos a hacer una travesía peligrosa, pero la vida estará garantizada y el Planeta todavía se regenerará.

3. Não se pode viver com tanto veneno, por mais que tentemos somos o que somos. Não há utopias possíveis. Resgatar a verdade, isto é, Cristo Jesus, é preciso e, através dela, nos libertarmos enquanto humanidade solidária, amorosa e fraterna.
4. Acreditamos em Allende, em Getúlio Vargas, em Perón, em Lula. Porque não crer em nós mesmos, inteiros, virados do avesso? É difícil abandonar-se como um criança no colo de sua mãe? É difícil esvaziar-se do que conhecemos e aceitarmos algo que nos vem de dentro, a certeza de que tudo se originou em algum ponto que apenas podemos conhecer se desmancharmos nossos corações e diante de Deus não existirem mais palavras? Para nós é difícil sermos gratos.

Não posso acreditar no vazio de esperança, como também não consigo acreditar em governos utópicos de “trabalhadores” ou daqueles que os personificam. Entre o nada e a utopia existe a vida e suas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. RM.5:3-5.
O que precisamos é abrir nossos corações, mentes e nossa alma. Perceber a liberdade que nos traz o sermos cristãos e nos percebemos como novas criaturas. Como humanidade. Como uma nova criação!

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