sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A casa caiu




Da mesma forma como entreguei o ouro para ti, neste momento, venho com minhas mãos cheias de lágrimas - de raiva!

Você conseguiu fazer do amor um jogo, um poema capenga, de rima fácil e pobre, parabéns. Deu a última palavra, tirou de mim tudo que podia e agora se encontra assim, placidamente feliz.

Segue em seu ritmo, criando suas frases de efeito.

Ninguém sabe da tua crueldade... do veneno que destilas.

Pensas que arrancaste minhas asas? Eu continuo a amar todo verbo, toda a beleza que a tua maldade concebe sem perceber que pra lá de todo mal, a beleza desfaz a escuridão e ilumina
meu olhar.

Eu continuo a ver além de você, muito além das tuas artimanhas, meu coração não se prende a ti.

E um dia ele estará completamente liberto, para sentir através de ti e tu não serás mais que neblina que se esvai.

E a medida que desabafo neste meu espaço, mais livre eu me sinto e mais próxima estou deste momento.

O momento de finalmente poder dizer-te: ADEUS!

2 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida Cynthia

Depois de te ler...deixo este poema, que acho que retrata o que sentes:


Infinitos foram meus sonhos...vazias as mãos...tristes restos
De quem queria ser...apagados traços...uma lúcida escuridão
Altas torres...profundos e escuros labirintos...longos desertos
Infinitos os meus sonhos...eterno sepulcro da minha ilusão

Um beijinho com carinho
Rosa

Cynthia Lopes disse...

Querida Flor,
és minha tradução!
bjs