domingo, 9 de setembro de 2012

Luto


O sol se põe em São Paulo. 

                                                                                                                   
Os sinos da igreja soam ao longe, 

anunciam o fim desse dia. 

São como trombetas nos lembrando

que 

somos mortais, que a carne em que 

habitamos em algum momento apodrece

 e 

vira pó: retorna a terra.

O que resta? Uma (teo)ria, um conjunto de sonhos e 

memórias e a história de uma vida curta que aos poucos 

desperta e se percebe morta ou nova criatura. De qualquer 

forma, suponho que isso não seja surpresa para àqueles que 

despertam.

A grande questão é para quem fica e perde e parece, este 

sim, viver sempre num pesadelo incompreensível.

Já perdi todos os meus grandes amores: meu pai e minha 

]mãe e agora, minhas irmãs. Primeiro Marina (ou Neném) e 

agora a Glória (ou Gogóia ou Gó ou só Dinda), minha 

segunda mãe. Ô Gó, ainda vou chorar muito a sua ausência.

 Hoje somos três mulheres, cada uma significa um caminho, 

uma estrada, entretanto, por amor, fazemos nossos 

caminhos se cruzarem e por aí seguimos, fazendo nossa 

pequena família crescer nos amigos que acumulamos e 

adotamos (e que nos adotam) pela vida afora.

2 comentários:

Daniel Ballester disse...

Estamos tambièn nosotros, vos y yo.
Cruzamos la calle sin mirar atrás, porque sebemos cuando cruzar y cuando mirar.

Cynthia Lopes disse...

Gracias Daniel,
mis saludos!