sábado, 24 de novembro de 2012

Vênus

Abro a porta do apartamento, estava exausto.
Meus olhos cansados se acostumam rapidamente à penumbra da sala.
Paro a porta para inspirar, sentir o perfume da casa. Minha casa, nossa casa. Fecho a porta atrás de mim devagar, em respeito ao silêncio e a paz reinantes.
Logo as vi, as minhas gatas, esparramadas no sofá. Deixo a pasta e o paletó na cadeira e me sento na poltrona, por instantes, para observar a cena, toda aquela preguiça, tão lindas... a gata, logo levanta as orelhas como que para se certificar de que era eu mesmo que havia chegado, a velha Nana. A outra, minha gata gostosa, nem se moveu. Dormia profundamente no sofá, por certo, cansou de me esperar, vestia apenas as meias e as ligas, tão sexy...
Sem pressa fui deixando as roupas pelo caminho, tomei um banho e voltei renovado para o sofá, na cabeça e no corpo a imagem e a sensação das peles, das bocas, da umidade, do calor, dos prazeres, dos desejos, do sabor de vênus.

2 comentários:

Alfredo Rangel disse...

Queria minhas gatas...

Cynthia Lopes disse...

Olhe em volta, querido!
bjs